Como embaixadora eleita pelo Prêmio Nacional Dólma 2018, Malena Mota terá a missão de divulgar a gastronomia do TO em 2019
Gastróloga e jornalista, Malena é servidora concursada da Prefeitura de Palmas desde 2005
Cozinhar e escrever estas são as duas
grandes paixões de Malena Mota, gastróloga eleita Chef Embaixadora 2019
no Tocantins, na última sexta-feira, 07, em Goiânia (GO) pelo Prêmio Nacional
Dólmã 2018, prêmio máximo da gastronomia brasileira. Malena volta para Palmas
com o prêmio que a reconhece como a chef apta
a divulgar e batalhar pelo reconhecimento da culinária regional do Tocantins.
Nada mais do que justo para a
profissional que tem como primeira formação o jornalismo. Ela conquistou o
diploma de jornalista pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e se tornou
concursada na área na Prefeitura de Palmas em 2005. Desde então, adquiriu
experiência na área, concluiu um mestrado em Comunicação pela Universidade
Metodista de São Paulo e o curso de gastronomia pela Unicesumar.
Como embaixadora, ela tem como
desafio, já lançado, organizar uma competição de nível estadual com chefs locais em 2019 e a indicação de
profissionais locais para a competição nacional já prevista para ocorrer no
próximo ano em Teresina (PI).
“Como embaixadora vou trabalhar
para divulgar a nossa comida regional com todos os chefs tocantinenses. Voltei com muitos contatos e agora quero
buscar oportunidades de intercâmbio com chefs
de outros estados, porque sei do aprendizado que isso proporciona, e também
aproximação com chefs de estados
vizinhos para mostrar nossa gastronomia que compartilha de características e
ingredientes do Norte e Nordeste”, adianta.
De dólmã e caneta na mão
Malena diz reconhecer sua indicação
ao título de embaixadora estadual tem muito significado. “Trabalho com a
divulgação de culinária e tudo isso começou com o Festival Gastronômico de
Taquaruçu (FGT), quando descobri histórias de pessoas que tiveram a vida
transformada por ele. Eu havia sido convidada para fazer um livro sobre o
festival e isso ajudou muito a me envolver e abraçar essa jornada. Hoje
continuo trabalhando na Agência Municipal de Turismo (Agtur) divulgando o
turismo que anda cada vez mais atrelado à culinária, mantenho com a chef Quesia Gomes o perfil
@elas.nacozinha no Instagram, estamos apresentando um programa especial sobre
gastronomia na CBN Tocantins chamado CBN Sabores e realizamos consultorias
gastronômicas”, enumera a chef
e jornalista Malena Mota sobre algumas de suas missões.
Ela aproveita para frisar que não
busca títulos para suas habilidades, o que quer é ver a gastronomia
tocantinense avançar. Por isso, ela reforça o agradecimento a vários dos
companheiros de quem recebeu apoio ou inspiração para o desafio da culinária
regional. “A Ruth Almeida desempenhou neste ano de 2018 um trabalho
excepcional como chef embaixadora, agradeço muito a ela e aos outros chefs que
entraram na disputam pelo prêmio que foram os chefs Milena Barros e Helves
Frank”. Ela agradece ainda à amiga Iraci Araújo, com quem aprendeu alguns
pratos, à professora Andrea Shima e a todos da Agtur que me apoiaram para a
conquista desse prêmio.
Na cozinha
Na cozinha, chef Malena usa a base de
pratos clássicos para valorizar ingredientes facilmente encontrados no
Tocantins, como a galinha caipira, o pequi, os peixes da região Amazônica, a
jabuticaba, entre outros. A partir daí surgem suas próprias releituras da
culinária brasileira de raiz e da culinária brasileira contemporânea, com as
quais ela diz mais se identificar.
A mãe Atercina Mota, que ela diz ser
uma excelente cozinheira, foi a primeira inspiração. Foi na faculdade que
descobri que minha mãe, mesmo sem muito estudo, tem uma base de culinária
francesa por causa das preparações que ela faz. “Foram nas aulas que
descobri que os picadinhos e carne que ela me ensinava era comida da culinária
de base francesa, como a carne na lata que hoje eu sei que é uma carne
confitada”, conta.
Filha de baiana e cearense e neta de
avós mineiros, Malena gosta de valorizar ingredientes adquiridos em feiras
populares. Da farinha, às folhas e chegando ao peixe e à carne de sol, são
muitas as possibilidades que a gastronomia lhe permitem trabalhar e reinventar.
Na sua cozinha ela usou a moqueca de pintado para mostrar como gosta de
trabalhar: com cores e sabores frescos. “Faço questão de ir à feira e
escolher tudo fresquinho. É lá onde está o que tem de melhor”, ressalta.
Edição e postagem: Lorena
Karlla