15 fevereiro 2018 às 18:25

Especialista alerta como a pessoa deve tratar a conjuntivite e onde deve procurar para atendimento médico

Receitas caseiras devem ser evitadas.

A conjuntivite é uma inflamação da
conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a porção anterior da
esclera e a face interna das pálpebras. Tem fácil contágio e é frequente na
população. De acordo com o médico da Unidade de Pronto Atendimento da Região
Norte (UPA Norte), Edson Pedroza Júnior,  os atendimentos relacionados às
queixas da inflamação aumentaram muito nos últimos dias na unidade. “A
conjuntivite pode ser facilmente detectada e tratada no próprio Centro de Saúde
da Comunidade (CSC)”, observa o médico esclarecendo que basta o paciente
procurar a Unidade Básica de Saúde  de referência do seu setor. 

 

O médico explica que durante o
tratamento para o paciente com conjuntivite, alguns produtos devem ser
evitados, ‘como receitas caseiras envolvendo suco de limão e água boricada’, já
que o ácido bórico, presente na substância, pode causar outros danos aos olhos,
que já estão fragilizados.

 

Ainda de acordo com o especialista,
não há tratamento em caso de conjuntivite viral. “O que se pode fazer é
ajudar a diminuir o desconforto do paciente, utilizando compressa de água
gelada e colírio lubrificante. O ciclo do vírus dura de sete a dez dias, então
o que resta é aguardar e melhorar o conforto”, orienta.

 

Caso a irritação permaneça por mais
de sete dias, é necessário se consultar novamente com um médico. “É raro,
mas em alguns casos a inflamação pode ficar mais grave e causar cicatrizes no
tecido ocular, na córnea”, alerta o profissional. Nesses casos, pode ser
que o paciente precise tomar anti-inflamatórios. 

 

Doença

 

A conjuntivite pode ser alérgica ou
infecciosa (viral, bacteriana ou por irritação química) e pode se apresentar na
forma aguda ou crônica.

 

A transmissão é feita pelo contato
direto de pessoa a pessoa ou indireto, pelo uso de objetos contaminados, pelo
ar, especialmente em ambientes coletivos como creches, escolas, asilos,
fábricas e outros.

 

O tratamento é feito com a limpeza do
olho e pálpebras com água limpa e fervida e antibiótico (em caso de bactérias)
ou antiviral (em caso de vírus), de acordo com o tipo e o grau de resistência
do agente que causa a doença.

 

Objetos de uso comum, como telefone,
controle remoto, sabonete e toalhas aumentam as chances de avanço do vírus ou
da bactéria. Para o tratamento, é recomendado um cuidado mais intenso com a
higiene pessoal, com o emprego de colírios, compressas, álcool em gel, lenços
de papel e toalhas e roupas de cama individuais. Lavar as mãos com frequência
também ajuda. Além disso, é indicado o isolamento temporário do contato social.

 

 

 

 

 

 

 

(Edição e postagem: Lorena Karlla)

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