Técnicos da Saúde recebem treinamento teórico e prático para o Controle da Raiva Humana
O treinamento foi elaborado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec) e Secretaria da Saúde do Estado, em parceria com a Secretaria de Saúde da Capital
Nos dias 24 e 25 deste mês, veterinários, biólogos e técnicos da
Secretaria da Saúde de Palmas que atuam na Unidade de Vigilância e Controle de
Zoonoses (UVCZ) participaram do treinamento teórico-prático sobre o Controle da Raiva Humana.
No primeiro momento foi feita abordagem teórica
sobre o morcego hematófago, transmissor da raiva herbívora, posteriormente
ocorreu a inspeção in loco de uma propriedade rural em Palmas. Ao
percorrer a propriedade, o grupo descobriu uma colônia de morcegos hematofagos
que estavam espoliando animais da propriedade e redondezas.
O treinamento foi elaborado pela Agência de Defesa
Agropecuária do Estado (Adapec) e Secretaria da Saúde do Estado, em parceria
com a Secretaria de Saúde da Capital, com o objetivo de chamar a atenção dos
profissionais para os procedimentos indicados no protocolo de tratamento
profilático da raiva humana.
O veterinário da UVCZ, Leandro Chaves explica que a
transmissão da raiva ocorre através da saliva de um mamífero infectado,
sobretudo através da mordedura, lambedura ou arranhadura de animais.
“Observamos que os morcegos também estão na área urbana e representam o maior
risco para infecção por raiva. É importante informar que se uma pessoa
encontrar um morcego com hábitos incomuns, voando durante o dia ou caído no
chão, a indicação é isolar o local onde o animal foi encontrado ou prendê-lo
com um balde”, orienta, recomendando que não se deve tocar no animal, e sim
entrar em contato imediatamente com os órgãos de vigilância ambiental e de Saúde.
O veterinário informa ainda que a raiva é uma
doença grave e pode provocar a morte do paciente. No caso de contato com um
animal suspeito, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e procurar
imediatamente um serviço de saúde.
O gerente da UVCZ, Auriman Cavalcante Rodrigues,
ressalta a importância do treinamento, na medida em que agrega conhecimento à
equipe. “É importante destacar que não há registro de pessoas com sintomas de
raiva humana e o trabalho que está sendo feito é preventivo, executado em todos
os casos de pessoas atacadas por um animal silvestre com potencial de
transmitir raiva. A capacitação vai facilitar ainda mais a realização das ações
de monitoramento e controle, ajudando inclusive antecipar às situações que envolvem
essa grave doença”, lembrou.
Fique
atento:
Evite tocar em qualquer morcego, vivo ou morto.
Os morcegos são animais de hábitos noturnos. Quando
encontrados caídos ou voando durante o dia podem estar doentes, com o vírus da
raiva.
O contato direto com morcegos por toque, arranhões
ou mordidas é grave. Caso isso aconteça, procure a unidade de saúde mais
próxima.
Qualquer espécie de morcego pode transmitir o vírus
da raiva, não apenas o hematófago.
É importante a vacinação anual de cães e gatos
contra raiva, mesmo para animais idosos e que não tenham acesso às ruas. Para
humanos não há indicação de vacinação prévia, com exceção dos profissionais que
trabalham na área e com manejo de animais, conforme avaliação baseada no
protocolo do Ministério da Saúde.
Edição e postagem: Lorena Karlla