Sem epidemia: Saúde de Palmas atua na prevenção, diagnóstico e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis
Descentralização dos testes rápidos, exames em eventos públicos e monitoramento são exemplos de atuação da rede de Saúde da Capital
Nos
últimos anos, a rede de saúde de Palmas ampliou a proteção, prevenção e
tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), com a
descentralização dos testes rápidos para detecção de HIV, Sífilis e
Hepatites B e C para os Centros de Saúde da Comunidade (CSCs), a disponibilização
do exame em eventos de grande fluxo de público e o monitoramento da equipe
multiprofissional do Henfil.
Com esta
rede de cuidados, a rede de saúde da Capital realizou em 2017, 9.694 testes
rápidos, 2018 este percentual mais que dobrou 24.569 e até julho de 2019, foram
20.741 exames. Palmas ainda diagnosticou em 2018, 376 casos de sífilis
adquirida, 194 sífilis em gestante e 49 sífilis congênitas confirmadas; 70
novos casos de hepatites B e/ou C, 96 casos de Condiloma Acuminado e 195 novos
diagnósticos de HIV, sendo estes 20 em gestantes.
Se
comparado ao período de 1991 a 2015, que registrou 722 casos de HIV/AIDS entre
adultos, sendo 16 casos em gestantes e 10 em crianças o número de casos é menor
proporcionalmente. Já em 2015, a taxa de detecção foi de 11,4, marcando um
aumento para 50% na transmissão entre homens que fazem sexo com homens.
A superintendente de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, a enfermeira
Gillian Cristina Barbosa, explica que a taxa de detecção apresentou um pequeno
aumento nos últimos anos, devido ao grande incremento de testes rápidos
distribuídos nas unidades de saúde e das campanhas de conscientização para o
cuidado. “O Município de Palmas vem investindo constantemente na qualidade dos
serviços prestados com os profissionais da rede de atenção à saúde através de
capacitações, discussões de caso, oficina de manejo de IST’s, realização de
encontros, fóruns e o acompanhamento dos casos diagnosticados para garantir o
tratamento adequado aos pacientes”, pontua a superintendente.
De acordo com a superintendente, a meta da Secretaria de Saúde é que todas as
pessoas portadoras do HIV saibam que tem o vírus e recebam terapia antirretroviral
ininterruptamente. Vale destacar que 90% de todas as pessoas em tratamento com
antirretroviral suprimiram a carga viral levando-as a níveis indetectáveis.
O coordenador do Grupo de Infectocontagiosas, o enfermeiro Eduardo Silva,
lembra que Palmas possui 34 centros de saúde da comunidade que ofertam testes
rápidos para HIV, Hepatites B e C e Sífilis, em livre demanda, e tratamento e
acompanhamento multidisciplinar dos casos confirmados.
A Saúde
da Capital conta ainda com preservativos masculino e feminino com distribuição,
livre e gratuita, visando garantir a prática sexual segura e eficaz, além de
constantemente realizar ações de prevenção e promoção à saúde abordando: a
importância da testagem rápida; orientações sobre a prática sexual segura; e
realização de testagem rápida. “Atuamos constantemente em três alicerces do
combate às infecções sexualmente transmissíveis, sendo eles: prevenção,
diagnóstico e tratamento. Trabalhamos a sensibilização, a importância e a
necessidade do uso correto do preservativo em todas as relações sexuais. No
diagnóstico, que ele seja precoce, para ampliar as chances de recuperação. E o
tratamento adequado”, esclareceu orientando que quanto mais precoce o
diagnóstico melhor, pois a pessoa pode ter acesso mais rápido aos serviços de
saúde, iniciar o tratamento e ficar menos tempo exposto ao vírus.
Edição e postagem: Lorena Karlla