Agrotins: Capiaçu garante rendimento e baixo custo para o produtor rural
Unidade demonstrativa do plantio da espécie BRS Capiaçu pode ser visitada até o dia 11, durante a Feira Agrotecnológica do Tocantins
Durante o período de
estiagem, os produtores rurais precisam traçar estratégias para garantir o
abastecimento de água e alimento para os animais da propriedade. A cada ano,
novas tecnologias de melhoria da vida do homem do campo são desenvolvidas,
visando à sustentabilidade, que inclui o baixo impacto ao meio ambiente, baixo
custo para o produtor e maior rentabilidade na produção.
A atuação da
Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) é fundamental para atender e
implementar ações positivas para os agricultores de Palmas. Das diversas
tecnologias desenvolvidas para o mundo agro pela pasta, dezesseis estão
disponíveis para visitação durante a Feira Agrotecnológica do Tocantins
(Agrotins), na Fazendinha Calor Humano, como a plantio da variedade de capim
BRS Capiaçu, melhoramento do Capim-Elefante.
O zootecnista da
Seder Thiago Moreira, explica que a BRS Capiaçu é uma alternativa para
suplementação, com elevado potencial de produção e rendimento nutritivo
superior a outras culturas usadas para a silagem, sendo excelente opção para o
gado leiteiro. “Esse tipo de capim rende anualmente 300 toneladas por hectare
de matéria verde em três cortes. Cada planta atinge aproximadamente 4,5 metros
de altura quando apta ao corte e cerca de 5% de proteína bruta. Vale lembrar
que as plantas mais novas podem chegar a 10% de proteína, que é um ganho
importante para a alimentação dos animais”, explica.
Plantio
O cultivo da BRS
Capiaçu pode ser feito tanto com o plantio da cana (caule) de forma horizontal
como vertical. Após uma série de testes, os técnicos da Seder concluíram que a
forma vertical de plantio rende melhores resultados. “Plantamos como se fosse uma
estaca. Após o solo reparado com a adubação a cana foi colocada na terra com
duas gemas para cima e uma para baixo. Além disso, a forma vertical exige menos
material e a perda de plantas é bem menor do que na modalidade horizontal. Mais
de 90% das mudas vingaram e não registramos deficiência no recrescimento”,
comemora o zootecnista.
Melhoramento
genético
A variedade BRS Capiaçu foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a partir do Programa de Melhoramento Genético de Capim-Elefante. Conforme a Embrapa, seu surgimento veio do cruzamento de variedades do que fazem parte do Banco Ativo de Germoplasma de Capim-Elefante (BAGCE).
E para chegar ao
resultado esperado foram 15 anos de estudos com o desenvolvimento de dois mil
híbridos. Ao final dos testes em diversos estados brasileiros chegou-se ao BRS
Capiaçu, que é facilmente cultivável em todo o Brasil e a BRS Canará, bem
adaptado aos biomas amazônico cerrado e capineiras, conforme informações da
Embrapa.