Projeto do Espaço Cultural José Gomes Sobrinho é destaque em Exposição sobre Arquitetura Contemporânea da Amazônia
Do Tocantins também são destaques os prédios da Faculdade Católica de Palmas, do Centro de Pesquisa Canguçu, no Cantão e das Moradias Infantis em Formoso do Araguaia, entre outros
A Galeria Municipal de Artes, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho,
recebe de 11 de abril a 03 de maio, a exposição itinerante, Arquitetura
Contemporânea da Amazônia – Xama, que exibe 30 projetos de destaque na Amazônia
Legal. A abertura oficial da Mostra, que é uma iniciativa do Núcleo AMA –
NAMA (Núcleo Amazônia Moderna), aconteceu nesta quinta-feira, 11. A visitação é
gratuita, de segunda à sexta-feira, das 08h às 18h e aos sábados das 8h30 às
12h.
O próprio Espaço Cultural José Gomes Sobrinho é um dos projetos em destaque
na Mostra. O projeto do arquiteto Paulo Henrique Paranhos é de 1994 e segue
linhas modernas.
O Tocantins participa da Mostra ainda com os projetos Estádio Municipal
em Palmas (1997/1998), também de Paulo Henrique Paranhos; Centro de Pesquisas
Canguçu (1998/1999) em Pium, de autoria do arquiteto e o vice-presidente do
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Tocantins (CAU/TO), Luis Hildebrando
Ferreira Paz; a Faculdade Católica do Tocantins (2004/2006), do trio de
arquitetos Manoel Balbino, Monica Crosara e Jalma Lamounier e Moradas Infantis
(2015/2017) em Formoso do Araguaia, dos escritórios Rosenbaum + Aleph Zero.
Autor do projeto do Centro de Pesquisas Canguçu, o arquiteto Luis
Hildebrando Paz, aproveitou o momento para falar sobre suas fontes de
inspiração. “O Canguçu foi um projeto de risco, em que a gente não sabia se
conseguiria os recursos. O projeto foi apresentado na Eco 92, e quando é
um projeto de risco, não tem proprietário, você tem mais liberdade para criar”,
disse, ao afirmar também que “todo o projeto é um resgate da arquitetura
regional do Tocantins, tem um pouco das construções indígena e das residências
locais. A flora também foi fonte de inspiração, tendo a folha de pequi
como umas referências para o traçado”, explicou Hildebrando.
O estudante de arquitetura, Lucas Mateus elogiou a iniciativa da
Mostra por ser “um evento que faz com que a arquitetura regional tenha mais
visibilidade, não só na região, mas para visitantes e para que a população
conheça a própria arquitetura”, disse. Para o estudante, a “Mostra também é
fonte de pesquisa e repertório”.
Para a curadora da Mostra, Adriana Dias, “a realização da Xama em Palmas
é um momento histórico, uma vez que essas mostras acontecem no eixo São Paulo
Rio, e o intuito é mostrar que na região Amazônia possui excelentes projetos e
profissionais”. Para Adriana, o fato do Espaço Cultural José Gomes Sobrinho ser
um dos projetos de destaque da Exposição demonstra o valor do local da Mostra
para Palmas.
A edição de Palmas foi organizada pelos curadores regionais Adriana Dias
(Centro Universitário Luterano de Palmas CEULP/ULBRA), Mariana Cardoso (Universidade
Federal do Tocantins – UFT) e Giuliano Orsi (Universidade Federal de
Uberlândia) e conta com o apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do
Tocantins (CAU/TO) e da Fundação Cultural de Palmas.
Serviço
Exposição Arquitetura Contemporânea da Amazônia;
Quando: de 11 de abril a 05 de maio, das 08h às 18h;
Abertura: 11 de abril às 20h;
Local: Galeria Municipal de Artes – Espaço Cultural José Gomes Sobrinho;
Entrada: Gratuita.
Edição e postagem: Lorena
Karlla