Residentes da Fesp publicam artigos científicos na Revista Atenção Primária à Saúde

Os artigos são resultado dos trabalhos de conclusão da residência Multiprofissional em Saúde da Família

Residentes da Fesp publicam artigos científicos na Revista Atenção Primária à Saúde

Os artigos são resultado dos trabalhos de conclusão da residência Multiprofissional em Saúde da Família

A mais recente edição digital da publicação científica Revista Atenção Primária à Saúde (APS) traz dois artigos científicos fruto do trabalho de residentes ligadas aos programas de residência da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp). A publicação científica é produzida pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e Rede de Educação Popular e Saúde (REDEPOP).

O primeiro artigo recebe o título de ‘Grupo de autocuidado em hanseníase: benefícios na participação e resistências na adesão’, de autoria da enfermeira Samara de Oliveira Barbosa. A pesquisa é resultado do trabalho de conclusão da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade no ano de 2019.

Conforme o resumo do artigo, a publicação tem como objetivo descrever a limitação de atividades e a participação social de pessoas com hanseníase, antes e após participarem em grupo de autocuidado na Rede SUS de Palmas, analisar os benefícios do grupo e a não adesão.

O trabalho foi baseado em pesquisa descritiva e exploratória, com a participação de 18 pacientes em tratamento para hanseníase, atendidos e acompanhados em uma Unidade de Saúde da Família de Palmas (USF). Os dados coletados e analisados levaram à conclusão que, “embora a adesão ao grupo de autocuidado tenha sido baixa, a participação proporcionou aos pacientes conhecimento sobre a doença, troca de saberes, socialização, criação de vínculo, melhora da autonomia, do autocuidado e dos fatores emocionais. Portanto, a limitação de atividades e a participação social dos pacientes podem ser prejudicadas pela hanseníase, entretanto, o grupo de autocuidado auxilia o paciente a lidar melhor com a doença”. 

O segundo artigo recebe o título de ‘Auriculoterapia chinesa e saúde do trabalhador: uma experiência exitosa com agentes comunitários de saúde’. A autora é a fisioterapeuta Katyane de Kassia Rodrigues Olanda. A pesquisa também é fruto do trabalho de conclusão da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade no ano de 2019.

De acordo com o resumo do trabalho, a Organização Mundial da Saúde reconhece que o trabalho em serviços de saúde predispõe o trabalhador a fatores de riscos ocupacionais, e pesquisas evidenciaram que houve um crescimento expressivo de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) acometidos por adoecimentos.

Por meio do tratamento de auriculoterapia chinesa, incluindo aplicação de questionários e a realização de 12 sessões em cada paciente, verificou-se que os ganhos revelaram resultados promissores na redução dos sinais e sintomas dos distúrbios psíquicos e físicos.

Todos os ACS apresentaram inicialmente Transtorno Mental Comum e após o tratamento verificou-se o declínio para 23,1%, o que representa uma redução na pontuação relativa ao sofrimento mental dos ACS em 76,9%.

Para a coordenadora do Programa de Residência em Saúde Coletiva da Fesp, Nadja de Oliveira Figueiredo, a integração em programas do Plano Integrado de Residências em Saúde revela a sua eficiência quando os preceptores (facilitadores) orientam residentes de outros programas. “Essa troca de conhecimentos e experiências só eleva a qualidade dos trabalhos realizados pelos residentes”.