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23 agosto 2023 às 11:07

Combate ao Aedes aegypti também deve ser feito no período de estiagem

População é aliada da Gestão Municipal para diminuir os casos de dengue, chikungunya, e zika vírus, doenças transmitidas pelo mosquito

A chuva do caju fez a alegria dos palmenses na manhã desta quarta-feira, 23. Mas apesar da ocorrência do fenômeno, o período de seca segue firme na capital tocantinense, e deve se estender até o mês de outubro. A Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus), alerta que, mesmo com a escassez de chuvas, o combate ao mosquito Aedes aegypti deve continuar.

O mosquito, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya, zika e a febre amarela urbana, deposita seus ovos em qualquer local que tenha água parada. Segundo o Ministério da Saúde (MS), uma única fêmea do Aedes aegypti consegue colocar entre 150 e 200 ovos. E basta uma pequena quantidade de água para realizar a postura dos ovos, que eclodem em pouco menos de 30 minutos. De sete a nove dias, o ciclo se completa passando ainda pela larva, pupa e fase adulta.

Conforme o gerente da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) da Semus, Auriman Cavalcante, atitudes simples contribuem para evitar e reduzir a transmissão das doenças causadas pelo Aedes aegypti. “É preciso se certificar que os reservatórios de água estejam tampados e deve-se eliminar qualquer possibilidade de acúmulo de água em recipientes como pneus, garrafas, ralos, pratinhos de plantas”, explica ao acrescentar que a vistoria também deve ser feita em plantas que podem acumular água, a exemplo das bromélias e bambu. 

Ainda de acordo com Cavalcante, em locais onde não é possível realizar a remoção da água, os agentes de endemias realizam o tratamento com larvicida (inseticida para combater larvas). 

Em Palmas, os agentes de endemias são responsáveis pelas ações de combate ao Aedes aegypti. Os profissionais realizam visitas regulares em casas, condomínios e áreas comerciais para verificação e eliminação de criadouros, além de orientarem a população sobre os cuidados diários que devem ter.

 

Boletim Epidemiológico
 
A Semus realiza o monitoramento das notificações da dengue, chikungunya e zika vírus. Os dados são apresentados semanalmente no Boletim Epidemiológico das Arboviroses. Os dados mais recentes, contabilizados de 13 a 19 de agosto, apontam um total de 86 casos suspeitos de dengue em Palmas, 16 de chikungunya e seis casos suspeitos de zika vírus. Na semana anterior, de 06 a 12 de agosto, a Semus contabilizou 82 casos suspeitos de dengue, 25 casos de chikungunya e oito casos suspeitos de zika vírus.

O acumulado do ano, até o dia 19 de agosto, apresenta 502 casos de dengue, 769 de chikungunya e 41 de zika vírus. Os números podem sofrer alterações conforme as  investigações e diagnósticos das doenças avançam, alerta a Semus.