
Baseado na obra de Martha Medeiros, Simples Assim estreia dia 11 de outubro no Theatro Fernanda Montenegro
Com Julia Lemmertz e Georgiana Góes, comédia dirigida por Ernesto Piccolo é baseada nos livros ‘Quem diria que viver iria dar nisso’ e ‘Simples Assim’
Em
uma produção original da Turbilhão de Ideias e apresentação do Circuito
Cultural Bradesco Seguros, a peça Simples Assim será apresentada em Palmas nos
dias 11, 12 e 13 de outubro, às 21 horas, no Theatro Fernanda Montenegro.
Baseado na obra da colunista do jornal O Globo e cronista Martha Medeiros, o
texto foi adaptado pela própria autora, ao lado de Rosane Lima. No elenco estão
Julia Lemmertz, Georgiana Góes e Pedroca Monteiro, sob a direção de Ernesto
Piccolo.
Sucesso
de público e crítica no Rio de Janeiro, a peça é marcada por histórias
entrelaçadas e apresenta figuras, simultaneamente, distópicas e reais, como um
casal que apenas interage pelo celular, uma mulher que contrata uma dublê de si
mesma e uma jovem que decide viajar para Marte e abandonar o amante. Em todos
os casos, há espaço para uma indagação: para onde foi a simplicidade do afeto
tête-à-tête? O enredo traz reflexões sobre a roda da vida e os humanos em meio
ao caos moderno, à solidão tecnológica, soterrados por informações e
desencontros.
A
comédia reflete sobre o cotidiano, com muito humor e afeto, como é usual na
obra da escritora, uma das mais celebradas cronistas brasileiras. Os atores se
revezam em vários personagens, em dez cenas, numa estrutura inspirada em A
Ronda, clássico do austríaco Arthur Schnitzler.
“Trazemos
o espírito meio esquizofrênico desta época. A vida édifícil, mas a simplicidade
salva. Corruptos existem, mas eles nada podem contra a morte. A tecnologia nos
domina, mas o amor segue imperioso. Tudo se entrelaça. É um texto para rir e
pensar sobre essa birutice toda”, comenta Martha Medeiros.
“As
cenas exploram detalhes dessas relações no cotidiano, procurando o que
permanece de humano nos personagens em meio a tantas transformações. Montar a
peça hoje é abrir um espaço de pensamento e, ao mesmo tempo, de prazer para os
espectadores, desejando que eles possam rir e refletir sobre nossa linda e
atribulada humanidade”, conclui Martha.
As
duas coletâneas em que a peça se baseia reúnem cerca de 200 crônicas. Dessa
pesquisa resultaram dez cenas, cada uma delas com duas ou três crônicas
entrelaçadas. A livre adaptação do texto apresenta histórias entrecortadas que
tratam das relações interpessoais no mundo contemporâneo, de um tempo acelerado
e mediado por uma tecnologia invasiva e incontornável. Rosane Lima explica que
a estrutura do texto segue um modelo inspirado em A Ronda, clássico do
austríaco Arthur Schnitzler, com cenas aparentemente independentes, mas com um
personagem sempre se repetindo no quadro seguinte.
“A
estrutura do texto austríaco sempre me encantou pela simplicidade e eficiência.
Eu também sabia que teríamos um elenco pequeno e um número razoável de
personagens, situação que esse formato favorece. A Ronda foi escrita na virada
do Século XX, um período de grandes transformações sociais, morais, etc.,
possibilitando uma analogia atraente com o momento atual. Na ‘ciranda’ de
Simples Assim não surgem apenas casais, como na peça de Schnitzler, mas também
relações de irmãs, amigos, empregados, o que, além de ampliar o espectro de
visão da peça, contempla a variedade e o alcance das crônicas da Martha”.
Ernesto
Piccolo considera Simples Assim a peça mais atual da escritora. “É a mais
antropológica. Ela tem um lado muito humano e também traz lampejos sociais e
políticos muito atuais, retrata o nosso desconforto com as coisas que estão
acontecendo no mundo”.
Para
Júlia Lemmertz, a autora tem a capacidade de falar sobre coisas profundas de
uma forma muito direta, conseguindo radiografar, através de suas crônicas, o
caos dos dias atuais. “Está todo mundo muito conectado em redes, links, mas
pouco conectado com a pessoa que está do seu lado, com o presencial, o aqui
agora. A peça vai colocando situações para que você reflita como é estar nesse
mundo com essa quantidade de informação, de solicitações e como você se forma ‘humano’
nisso. Como você permanece humano dentro de tanta demanda”, aponta.
Júlia
destaca ainda a universalidade e importância dos temas abordados no espetáculo.
“É um momento de tantas coisas para se refletir. Ele se passa no Brasil, mas o
mundo inteiro está assim. Estamos em uma convulsão geral, as pessoas estão em
situação limite”, reflete.
Pedroca
Monteiro acrescenta que o espetáculo olha para o agora e aponta que, apesar de
tudo, é necessário continuar. “Não adianta ir para Marte, como decide uma das
personagens. É preciso estimular as pessoas à mudança. Ao invés de viajar para
outro planeta ou mesmo outro país, é fundamental ficar aqui e tentar
transformar o nosso lugar”, conclui.
“E
a Martha consegue traduzir tudo de uma maneira popular, que se comunica com
todos”, elogia Georgiana Góes. O espetáculo propõe focar no que realmente
importa, tenta alcançar a simplicidade, que é algo tão complexo e difícil. “É preciso
buscar gente que converse e se escute, que se aproxime pelo afeto, pelo
carinho, pela empatia, pelo interesse pela vida do outro. É trocar, ouvir e ser
ouvido”.
Sinopse
A
vida é difícil? A simplicidade salva. Corruptos existem, mas nada podem contra
a morte. A tecnologia nos domina, mas o amor segue imperioso. A montagem propõe
humor e reflexão para melhor enfrentar a época em que vivemos.
Ficha Técnica
Texto
e adaptação: Martha Medeiros e Rosane Lima.
Direção
Artística: Ernesto Piccolo.
Elenco:
Julia Lemmertz, Georgiana Góes e Pedroca Monteiro.
Produção
e idealização: Gustavo Nunes.
Cenografia:
Clivia Cohen.
Projeções
Cênicas: Rico Vilarouca / Renato Vilarouca.
Figurino:
Helena Araújo e Alfaiataria Conrado.
Luz:
Felício Mafra. Trilha Sonora: Rodrigo Penna.
Visagismo:
Uirandê Holanda.
Produtora
de Elenco: Yolanda Rodrigues.
Preparação
Corporal: Cristina Moura.
Designer
e Fotos: Victor Hugo Ceccato
Marketing/
Designer: Julliana Della Costa.
Preparação
Vocal: Rose Gonçalves.
Cenógrafo
Assistente: JoséCohen.
Cenotécnica:
Humberto Silva e Humberto Silva Jr
Assistente
de direção: Neuza Caribé
Assistente
Designer: Bruno Karvan.
Assistente
de Produção: Patrícia Nunes.
Assistente
Financeiro: Jéssica Veiga.
Assistente
de Diretor de Palco: Gleison Brito
Operador
de Luz: Ari Nagô
Operador
Multimídia: Janser Barreto
Produção
Executiva: Glauce Carvalho
Coordenação
de Produção: Lúcia Souza
Financeiro
e Prestação de Contas: Helber Santa Rita
Apoio:
Lojas Pompéia e Veirano Advogados.
Apresentado
por: Bradesco Seguros
Produção
Original: Turbilhão de Ideias Entretenimento
Assessoria
de Imprensa: Arteplural
Serviço
Ingressos
Sexta-feira
– R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia)
Sábado
e Domingo – R$ 100,00 (inteira) R$ 50,00 (meia)
Ingresso
popular – R$ 50,00 (inteira) R$ 25,00 (meia)
Classificação:
12 anos
Duração:
70 minutos
Gênero:
Comédia.
Lotação:
500 Lugares
Venda
online no site www.sympla.com.br .