Campanha Setembro Amarelo propõe discutir o suicídio como forma de prevenção e promoção à saúde de crianças e adolescentes
O público-alvo das ações são profissionais da saúde, educação, desenvolvimento social e conselhos tutelares
Como forma de prevenir os
casos de suicídio na Capital, a Rede de Atenção Psicossocial de Palmas (Raps)
vem articulando ações dentro da campanha do Setembro Amarelo para discussão do
tema e promoção da saúde mental. Para isso, elaborou o Plano de Ação ao
Comportamento Suicida e Automutilação na Adolescência, que será lançado no dia
04 de setembro, às 14 horas, na Universidade Federal do Tocantins (UFT). O
público-alvo dos eventos do Setembro Amarelo são profissionais da saúde,
educação, desenvolvimento social e conselhos tutelares.
O plano traz orientações à
sociedade quanto à necessidade de ter cautela ao abordar o assunto, pois muitas
vezes os chamados “gatilhos” que levam uma pessoa a pensar em suicídio aparecem
nas campanhas de prevenção. “É preciso falar sobre o suicídio sim, isso não
leva as pessoas a pensar mais nele, mas é preciso fazer isso com cautela,
principalmente quando não temos domínio técnico de alguns assuntos, como por
exemplo, situações associadas à violência e abusos. Por isso, o foco deve ser a
promoção da saúde mental nos contextos onde se vive, estuda ou trabalha”,
ressalta a psicóloga e gerente de Saúde Mental da Secretaria Municipal de
Saúde, Dhieine Caminski.
Dhieine ressalta ainda que a
prevenção às automutilações e intentos suicidas entre crianças e adolescentes
implica em um ambiente de proteção desse público que envolve o apoio familiar,
o diálogo aberto, acolhimento, relações afetivas significativas, ausência de bullying na escola, contato com família
e desenvolvimento de rede de amigos.
“Precisamos falar sobre a
vida, os sentimentos, as frustrações. Quanto mais diálogo tivermos com as
crianças e adolescentes, menos intentos contra a própria vida teremos. E o mais
importante, a Rede de Atenção Psicossocial de Palmas está aqui para apoiar
essas pessoas em sofrimento e as famílias também”, ressalta.
Como
atua a Raps
A atuação da Rede de Atenção
Psicossocial (Raps) vai desde o Centro de Saúde da Comunidade da sua quadra
(CSC), aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps II e AD III), até o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Hospital Geral de Palmas (HGP).
Dependendo de cada caso essa rede será acionada pelos trabalhadores da Saúde,
Educação, Desenvolvimento Social e o objetivo é a atenção ao sofrimento
psicossocial que cada pessoa está vivendo. Neste link consta a localização de todos os serviços
da rede.
Confira
a programação
04
de setembro (quarta-feira)
14 horas – UFT
Plano de Ação ao
Comportamento Suicida e Automutilação na Adolescência
16
de setembro (segunda-feira)
8 horas – IFTO
Sensibilização:
Desconstruindo os mitos sobre o comportamento suicida
25
de setembro (quarta-feira)
14 horas – Auditório do ETI
Almirante Tamandaré
Sensibilização: Técnicas de
manejo ao comportamento suicida e automutilação na adolescência
27
de setembro (sexta-feira)
14 horas – Auditório da
Defensoria Pública do Tocantins
Sensibilização:
Desconstruindo os mitos sobre o comportamento suicida
Edição e postagem: Iara Cruz