Capital por um dia: gestores municipais e produtores rurais de Palmas conhecem produção hidropônica de hortaliças
Evento faz parte da programação em Taquaruçu, sede dos poderes executivos e legislativos municipais e estaduais nesta quarta
Como parte da programação do “Capital por um Dia”, realizado no distrito de Taquaruçu, a Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (Seder), realizou uma visita guiada à Chácara Ouro Verde, localizada na região do Vão do Mutum. A visita contou com a presença da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro; do Secretário da Seder, Thiago Dourado, de produtores rurais da região e de servidores da pasta. Os proprietários Rogério Cortazio e Rafael Cortazio, pai e filho respectivamente, produtores de hortaliças no sistema hidropônico, conduziram a visita.
A prefeita destacou a importância da produção de hortaliças, como forma de abastecer o mercado da Capital, bem como da necessidade de se mostrar a capacidade produtiva dos produtores locais. O secretário Thiago Dourado, por sua vez, salientou que a “agricultura precisa de exemplos, para que outros produtores percebam a possibilidade de se produzir com qualidade”, referindo-se ao modelo produtivo da família Cortazio.
De acordo com Rogério Cortazio, atualmente na propriedade são produzidas quarenta e duas variedades diferentes de hortaliças, sendo a alface, crespa e americana, os principais produtos, com destaque também para a rúcula e couve manteiga. Ainda segundo ele, em média 300 mil unidades são produzidas e comercializadas mensalmente, e prevê para breve, o início da produção de tomate, também no sistema hidropônico.
Asfalto
Anunciado na ocasião, o asfaltamento de um trecho 2,5 km do acesso à região do Mutum, também suscitou manifestações dos produtores presentes. O senhor Vital Batista da Silva, de 84 anos, morador da região desde 1947, comemorou o anúncio, ressaltando que o asfalto trará muitos benefícios para os moradores da região. “Depois de sete anos, finalmente recebemos essa boa notícia. Já fizemos até abaixo assinado, com 270 assinaturas. Agora estamos felizes sabendo que seremos atendidos”, explicou. Vital, já aposentado, produz apenas para o sustento de sua família, mas vê a chegada do asfalto como um facilitador, tanto para o acesso às propriedades, como também com o fim da poeira, que segundo ele “empata até a gente de dormir direito, fica tudo empoeirado, ruim para respirar além de sujar tudo”, finalizou Silva.
A poeira, como relata Rogério Cortazio, é um fator que causa impacto na produção das hortaliças, sendo que as casas de vegetação, tanto no berçário, local onde ficam as mudas recém-germinadas, como nas áreas de cultivo em estágios mais avançados das plantas, precisam ser cobertas com tela especial. Essa tela tem uma durabilidade de sete anos, mas, segundo o produtor, com a poeira que se acumula, esse tempo cai para cerca de três anos. “Todos os anos precisamos lavar a tela para evitar prejuízo no desenvolvimento da planta pela poeira e reduzir a incidência de luz”, esclareceu Cortazio. Ainda de acordo com o produtor, a chegada do asfalto, vai permitir “que o acesso de nosso produtor ao mercado seja mais ágil, e nossas verduras possam chegar com uma qualidade melhor. É positivo para todos”, finalizou.