
Centros de Saúde ou Upas: conheça os tipos de atendimentos realizados nestas unidades
Mais de 70 mil pessoas são atendidas por mês somente nas duas Unidades de Pronto Atendimento (Upas Sul e Norte) da Capital
Mais de 70 mil pessoas são
atendidas por mês nas duas Unidades de Pronto Atendimento (Upas Sul e Norte) da
Capital, número que equivale a uma média de dois mil usuários por dia. Mas de
acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde de Palmas, grande parte
desses usuários que procuram as Upas poderia ter procurado um Centro de Saúde
da Comunidade para o mesmo atendimento.
Para reforçar ao usuário
sobre qual tipo de serviço de saúde ele deve procurar em cada situação, a
Secretaria orienta que, para o bom funcionamento do serviço, é muito importante
que os pacientes saibam quando e o que procurar, conforme cada caso. Assim é
possível melhorar o atendimento de forma geral.
A diretora de Atenção
Secundária em Saúde, enfermeira Juliana Ribeiro, explica que nas unidades de
urgência e emergências, por exemplo, muitas vezes são procuradas para
tratamento de desconfortos leves ou que existem há semanas. Conforme a enfermeira, a legislação do Ministério
da Saúde regulamenta que, neste caso, o ideal é procurar os Centros de Saúde da
Comunidade (Unidades Básicas de Saúde), já que na Upa a forma do atendimento
tem outra função. “Sabemos que a consulta nas Upas são mais rápidas, pois o
atendimento é emergencial e para tratar os sintomas diagnosticados naquele
momento. Uma investigação mais completa da causa de doenças crônicas não terá
período suficiente para ser será realizada”, observa a enfermeira, acrescentando
que condutas assim podem sobrecarregar o sistema, prejudicando pessoas que
estejam com a vida em risco.
Em caso de algum problema de
nível intermediário, como os casos de sintomas de infarto ou dor torácica;
desmaios; crise hipertensiva; diabetes descompensada; crise de asma ou falta de
ar; convulsão; dor súbita ou aguda; dor abdominal intensa; queimaduras; febre
alta; alergias súbitas; hemorragias; sintomas de AVC (derrame); cortes ou
suturas; picadas de animais peçonhentos; fraturas, entorse ou luxação; choque
elétrico; agressões físicas diversas e acidentes de trânsito ou de trabalho, o
paciente deve procurar uma Unidade de Pronto atendimento (UPA 24h) e o Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo 192. Já os atendimentos de casos
mais graves devem ser feitos nos hospitais.
A diretora lembra ainda que
o atendimento nas Upas é norteado pelo sistema de acolhimento com classificação
de risco e-SUS, uma ferramenta utilizada para avaliar e identificar os
pacientes que necessitam de atendimento prioritário, através de um sistema
semafórico, de acordo com a gravidade clínica, potencial de riscos e agravos à
saúde ou grau de sofrimento, em que o paciente de cor verde corresponde ao
atendimento de menor gravidade, sem risco de morte, com atendimento previsto em
até 120 minutos; o de cor amarela representa urgência de gravidade maior, com
atendimento previsto em até 60 minutos; o de cor vermelha representa
emergência, com risco de morte, o que determina o seu atendimento imediato; e o
de cor azul representa caso que não se enquadra no perfil de urgência e
emergência, ou seja, que deve ser levado ao atendimento nos Centros de Saúde de
Comunidade mais próximo ao domicílio do cidadão.
Acompanhe
abaixo algumas orientações do Ministério da Saúde:
Centro
de Saúde da Comunidade (CSC) ou Unidades Básicas de Saúde (UBS) – são
locais onde os usuários do SUS podem receber atendimento médico para
diagnóstico e tratamento de cerca de 80% dos problemas de saúde dos usuários.
São nessas unidades onde a população tem acesso a medicamentos gratuitos e
vacinas, faz atendimento pré-natal, acompanhamento de hipertensos e diabéticos
e de outras doenças como tuberculose e hanseníase. As UBS são a porta de
entrada do SUS.
Unidades
de Pronto Atendimento (UPA) – funcionam 24 horas por dia,
sete dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências,
como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. A estrutura
simplificada, com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames
e leitos de observação, colabora para a diminuição das filas nos
prontos-socorros dos hospitais. Quando o paciente chega às unidades, os médicos
prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Nas localidades
em que estão em pleno atendimento, as unidades têm capacidade para atender sem
necessidade de encaminhamento ao pronto-socorro hospitalar mais de 90% dos
pacientes. Estas unidades estão ligadas diretamente ao Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu).
Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) – Ao discar o número
192, o cidadão estará ligando para uma central de regulação que conta com
profissionais de saúde e médicos treinados para dar orientações de primeiros
socorros por telefone. São estes profissionais que definem o tipo de
atendimento, ambulância e equipe adequado a cada caso. Há situações em que
basta uma orientação por telefone. O Samu atende pacientes na residência, no
local de trabalho, na via pública, ou seja, através do telefone 192, o
atendimento chega ao usuário onde este estiver. (Com
informações do Ministério da Saúde)
Edição e postagem: Iara Cruz