14 novembro 2017 às 12:38

Diabetes: endocrinologista esclarece dúvidas e os cuidados necessários para o controle da doença

Em Palmas, a Semus oferece à população serviços de prevenção e controle ao diabetes

Na segunda reportagem sobre
o diabetes, cujo Dia Mundial é celebrado nesta terça, 14 de novembro, a
endocrinologista Andreza Vital Barreto esclarece dúvidas sobre a doença,
sintomas, cuidados necessários e tratamento para evitar complicações.

 

A diabetes é uma doença
crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar
adequadamente a insulina que produz. A insulina é um hormônio, produzido pelo
pâncreas, que controla a quantidade de glicose no sangue. Esse hormônio é
essencial para que o corpo utilize a glicose, obtida por meio dos alimentos,
como fonte de energia.

 

De acordo com a
endocrinologista Andreza Vital Barreto existem três tipos de diabetes: tipo 1,
tipo 2 e gestacional.  O tipo 1 aparece
principalmente em crianças e adolescentes e em alguns casos em adultos na faixa
dos 30 anos (a chamada diabetes tipo 1 de início tardio). “O tipo 1 tem
sintomas exuberantes, se você tiver uma criança ou adolescente bebendo muita
água, fazendo muito xixi, comendo demais e perdendo peso, pode estar certo que
é diabetes. O diagnóstico é uma glicemia de jejum de 126”, alerta.

 

Já a diabetes tipo 2 aparece
normalmente após os 40 anos. “Associado à obesidade, ao sedentarismo, à pressão
alta, história na família de diabetes. Em fase inicial ele não tem sintomas,
normalmente os pacientes descobrem no exame de rotina. No tipo 2, o paciente
produz insulina, mas tem uma resistência ao funcionamento dessa insulina”,
explica a endócrino.

 

Quanto ao diabetes
gestacional, o mesmo pode surgir na gravidez pelas alterações hormonais e
fisiológicas da gestante, mas não afeta o bebê e normalmente desaparece após a
gestação, mas segundo a médica é bom ficar alerta. “Eu brinco  com a paciente que a geladeira dela não é mais
a mesma, a geladeira está usada, na hora que precisou de uma maior demanda, ela
não deu conta. Então todas as pacientes que têm diabetes gestacional têm um
grande risco de ter diabetes na vida futura”, ressalta.

 

Aos pré-diabéticos, a médica
dá o recado. “O pré-diabético é aquele que está no limite, quase chegando ao
quadro de diabetes, que pode ser revertido com atividade física, alimentação
saudável, pode-se usar ou não medicação. Normalmente está associado ao excesso
de peso, então mudar hábitos é fundamental”, destaca.

 

Complicações

 

Uma vez diagnosticado com
diabetes, o paciente deve seguir as orientações médicas, pois o gerenciamento
adequado da taxa de glicemia reduz drasticamente o risco de desenvolver
complicações na retina levando à perda da visão, doença renal que pode levar à
hemodiálise, e ainda problema na circulação e nos nervos levando à amputação de
membros inferiores. Esse gerenciamento é feito por meio de medicação que ajuda
o pâncreas a produzir mais insulina, diminui a absorção de carboidratos e
aumenta a sensibilidade do organismo à ação da insulina. É importante também
fazer atividade física e ter uma alimentação saudável.

 

“O que a diabetes quer é que
o paciente seja saudável. O estilo de vida que a gente vive hoje, essa vida
moderna, os fast food, carro para
tudo, acaba sendo um pouco difícil. A comida do diabético não tem que ser
separada em casa, a saúde da família tem que melhorar com o aparecimento de um
diabético. Isso implica em evitar gordura, sal, industrializados e açúcar”,
sintetiza.

 

Tratamento
na rede municipal

 

Na Capital, a Semus oferece
à população de Palmas serviços de prevenção e controle ao diabetes, entre eles,
atendimento com especialistas, grupos de acompanhamento e promoção da saúde,
disponíveis nos Centros de Saúde da Comunidade (CSC), onde trabalha-se educação
em saúde, através de debates e abordagens em sala de espera, e em seguida é
feito o atendimento individual, onde é realizado a avaliação ponderal (peso,
pressão, glicemia capilar), acompanhamento nutricional, e solicitação de exames
quando necessário, e recebem também orientação para o manejo adequado da
doença, o autocuidado, visando prevenir as complicações, invalidez e morte
precoce. “É válido destacar ainda que algumas ações são importantes para a
prevenção e o controle da diabetes como conhecer bem o tipo da doença, adotar
uma alimentação saudável e equilibrada, praticar exercício físico de forma
regular e tomar a medicação quando prescrita pelo médico”, reitera a analista
em saúde da Semus, Andreza Domingos.

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