30 junho 2020 às 18:23

Em terceira etapa de pesquisa, mais pessoas serão testadas para identificar presença de anticorpos do novo coronavírus

A pesquisa é coordenada pela Fesp, em parceria com a UFT, o Ceulp/Ulbra e a Faculdade de Medicina do ABC 

Nova fase de testagem para identificar
presença de anticorpos para o novo coronavírus testará mais 423 pessoas que
residem em Palmas. O estudo faz parte do Projeto de Pesquisa intitulado ‘Novo
coronavírus (SARS-CoV-2): inquérito populacional para pesquisa de anticorpos’,
coordenada pela Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp) em parceria
com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), o Centro Universitário Luterano
de Palmas (Ceulp/Ulbra) e a
Faculdade de Medicina do ABC (FMABC-SP), que vem
sendo realizado na cidade de Palmas, e já está na sua terceira fase. 



Desta vez, mais 423 pessoas sorteadas
serão entrevistadas, e na sequência farão a coleta da amostra sanguínea no
Centro de Saúde da Comunidade (CSC) de referência, para identificar presença de
anticorpos para o coronavírus.



Para o coordenador do projeto e tutor
dos Programas de Residências da Fesp, Fernando Quaresma, que também é professor
de graduação e pós-graduação da UFT, o estudo pretende conhecer a proporção da
população de Palmas que esteve ou está infectada pelo novo coronavírus,
especialmente os casos assintomáticos ou assintomáticos leve, identificar os
locais onde há maior avanço da doença e avaliar o comportamento da população em
relação às medidas de prevenção. “Os resultados preliminares apontaram
tendência de aumento na proporção de pessoas com anticorpos para o coronavírus
na cidade. Apesar da grande adesão da população na etapa de entrevistas,
desafios logísticos para os exames, que apresentaram baixa adesão, foram
pensados, buscando diminuir as perdas na pesquisa mas e, principalmente,
incluir a população com maiores dificuldades de acesso aos serviços de saúde,
bem como a maior robustez do estudo”, relata o coordenador.



A pesquisa encomendada pela Secretaria
Municipal de Saúde conta com o apoio dos profissionais que estão na linha de
frente do atendimento na Atenção Primária de Saúde, sendo as equipes do
Laboratório Municipal e os agentes Comunitários de Saúde, os tutores e
residentes do Programa de Residência em Saúde da Fesp (PIRS/Fesp), bem como
pesquisadores da UFT, Ceulp/Ulbra e FMABC/SP. “A equipe envolvida na pesquisa é
composta por professores/pesquisadores das Universidades parceiras, mas
especialmente desenvolvida pelos residentes da Fesp, que vestiram a camisa para
este novo desafio. Destacamos que somente com essa colaboração, o estudo poderá
ter resultados precisos e colaborar com evidências científicas para mudar o
curso dessa pandemia”, observa.



Já foram cerca de mil entrevistas e
quase 500 testes realizados na população assintomática ou sintomática leve de
Palmas. No total serão coletados dados de 1692 participantes dos sete
territórios, em quatro etapas, sendo 423 participantes a cada etapa, que
ocorrerá com intervalo médio de duas semanas, ou seja, a cada 15 dias a equipe
irá a campo para selecionar os participantes de acordo com a metodologia.



Os resultados são divulgados junto aos
departamentos de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, e
os casos positivados são acompanhados por equipes do CSCs de referência, bem
como os residentes do mesmo domicílio.



Metodologia

 

 

A participação é voluntária, mas a
seleção das casas e dos participantes obedeceu aos critérios da pesquisa
científica. Na primeira etapa, foi realizada uma amostragem por conglomerado,
onde cada região/território foi selecionado com um número proporcional de
moradores, ou seja, os locais onde há mais residências a seleção de
participantes está sendo maior. Por meio do CSC, os pesquisadores da Fesp,
técnicos da Secretaria de Saúde e professores e acadêmicos da UFT e
Ceulp/Ulbra) farão a seleção dos domicílios (casa, apartamento, kitnet). 



A cada etapa, novos domicílios
participam, de forma que o estudo consiga estudar do centro das
regiões/territórios até as extremidades, garantindo que toda a área da cidade
seja avaliada. 



Os pesquisadores estão contactando os
moradores dos domicílios selecionados e informando sobre a pesquisa e os
procedimentos (inclusive os éticos). Poderão participar pessoas com idade igual
ou superior a 18 anos, moradores ou visitantes na área de cobertura dos sete
territórios, que aceitarem participar da pesquisa.

 

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