‘Entrevista de Emprego’ é tema de oficina realizada no Cras 1304 Sul nesta sexta-feira, 30
Ação faz parte do programa Acessuas Trabalho que tem como objetivo integrar pessoas em situação de vulnerabilidade social ao mundo do trabalho
Com muita atenção as alunas, Débora
Barbosa e Daniele Kandice da Silva, ouviram a palestra sobre ‘Entrevista de
Emprego’ no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) da 1304 Sul pois,
de acordo com elas, o tema é fundamental para o futuro das duas. Débora é mãe
de um bebê de 14 meses e está sem trabalhar há dois anos, já Daniele tem se
arriscado no mundo das vendas, mas quer se preparar caso tenha oportunidade de
se candidatar para uma boa vaga de emprego.
A palestra desta sexta-feira, 31, faz
parte de um curso oferecido no Cras por meio do Programa Acessuas Trabalho, do
Governo Federal, que tem como objetivo integrar pessoas em situação de
vulnerabilidade social assistidas pelos Cras ao mundo do trabalho. “Esta é
nossa terceira reunião, já falamos sobre o mundo do trabalho e sobre currículo
e hoje abordamos a entrevista, um momento bastante temido pelos candidatos,
pois podem sair daqui com uma vaga de emprego assegurada. Estamos aqui para
auxiliar estas pessoas a se preparar melhor para esta busca pelo trabalho”,
explicou a integrante do Acessuas Trabalho, Kátia Cilene Siqueira.
“Eu quero voltar a trabalhar, pois
parei aos oito meses de gravidez, hoje eu moro na casa dos meus pais, mas quero
ter autonomia financeira, ajudar nos gastos e poder buscar novas oportunidades
para minha vida. Aqui eu aprendo mais e ganho incentivo para seguir em frente,
essas reuniões nos fortalecem porque emprego não está fácil”, contou Débora
Barbosa.
Já a sua colega Danielle Kandice da
Silva busca se firmar como empreendedora. “Eu participo dos cursos porque sei
que todo conhecimento é muito importante, mas já vendo bolo no pote,
brigadeiros e roupas novas e usadas. Consigo me manter, ter uma renda, mas
penso no futuro, se surgir uma vaga boa, eu quero estar preparada”, diz a jovem
de 25 anos.
A entrevista de emprego é apontada
pelos participantes do encontro no Cras como o momento mais tenso e mais
importante na busca por uma vaga no mercado de trabalho. Por isso as técnicas
do Acessuas explicam que “é preciso estar atento pois, um simples detalhe, como
a roupa inadequada, o uso de maquiagens pesadas ou o excesso de acessórios
podem marcar a entrevista de forma negativa e fazer o entrevistados deixar de
te contratar”, como destaca Silvana Moura, coordenadora do Programa Acessuas
Trabalho em Palmas.
Acessuas Trabalho
O Programa de Promoção do Acesso ao
Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho) busca a autonomia das famílias usuárias
da Política de Assistência Social, por meio da integração ao mundo do trabalho.
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações de articulação de políticas
públicas e de mobilização, encaminhamento e acompanhamento de pessoas em
situação de vulnerabilidade e/ou risco social para acesso a oportunidades
afeitas ao trabalho e emprego.
As ações de Inclusão Produtiva
compreendem a qualificação técnico-profissional; a intermediação pública de
mão-de-obra; o apoio ao microempreendedor individual e à economia solidária; o
acesso a direitos sociais relativas ao trabalho (formalização do trabalho);
articulação com comerciantes e empresários locais para mapeamento e fomento de
oportunidades, entre outros.
Podem participar do programa moradores
de áreas urbanas e rurais em situação de vulnerabilidade e risco social
com idade entre 14* e 59 anos, com prioridade para usuários de serviços,
projetos e programas de transferência de renda socioassistenciais, em especial:
§ Pessoas com
deficiência;
§ Jovens do Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vínculos;
§ Pessoas inscritas no
Cadúnico;
§ Adolescentes e jovens
no sistema socioeducativo e egressos;
§ Famílias com presença
de trabalho infantil;
§ Famílias com pessoas
em situação de privação de liberdade;
§ Famílias com crianças
em situação de acolhimento provisório;
§ População em Situação
de Rua;
§ Adolescentes e jovens
no serviço de acolhimento e egressos;
§ Indivíduos e famílias
moradoras em territórios de risco em decorrência do tráfico de drogas;
§ Indivíduos egressos
do sistema penal;
§ Beneficiários do
Programa Bolsa Família;
§ Pessoas retiradas do
trabalho escravo;
§ Mulheres vítimas de
violência;
§ Jovens negros em
territórios do Plano Juventude Viva;
§ Adolescentes vítimas
de exploração sexual;
§ Povos e comunidades
tradicionais;
§ Público de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBTT;
§ Entre outros, para
atender especificidades territoriais e regionais;
(Com informações do Portal do
Ministério da Cidadania – http://mds.gov.br/)