Especialistas alertam sobre prevenção e tratamento do câncer de mama e colo do útero
Na segunda-feira, 21, médicas especialistas farão palestras no Amas para abordar a prevenção, diagnóstico e o tratamento do câncer
Com o crescente número de
novos casos por ano no Brasil, o câncer do colo do útero e de mama, os mais
comuns entre as mulheres, é a quarta causa mais frequente de morte pela doença
em todo o mundo, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Em
Palmas, o número de casos dos dois tipos da doença tem aumentado e também assusta
e desperta preocupação entre os especialistas e pesquisadores do Núcleo de
Práticas baseadas em Evidências Científicas da Fundação Escola de Saúde Pública
de Palmas (Nupec/Fesp).
Para abordar sobre a
prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama e colo do útero, a
médica especialista em mastologia Tatiana Ferrari e a ginecologista
Francielle Batista farão palestras na próxima segunda-feira, 21, a partir das
14 horas, na sede do Amas, para os pacientes e acompanhantes que são atendidos
no Ambulatório. Na ocasião, as médicas também irão atender pacientes
vulneráveis e com alterações no colo no útero e na mama.
As especialistas, que
atendem no Ambulatório Municipal de Atenção à Saúde (Amas), explicam que embora
seja um tema difícil de tratar abertamente, é importante falar sobre o câncer,
pois pode ajudar a esclarecer mitos e verdades da doença. “Notamos que muitas
pacientes, por medo ou desconhecimento, preferem não falar no assunto, e acabam
atrasando o diagnóstico. Sabemos que quando a doença é identificada e tratada
oportunamente, as taxas de mortalidade podem ser reduzidas, permitindo maior
probabilidade de cura”, orienta a médica Tatiana Ferrari.
A mastologista Tatiana
lembra ainda que o câncer de mama não tem uma alteração única. É uma doença
resultante da multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor
com potencial de invadir outros órgãos. “Há vários tipos de câncer de mama.
Alguns se desenvolvem rapidamente e outros, não. É o tipo mais comum, depois do
câncer de pele, e também o que mais acomete as mulheres”, observa a
especialista.
Segundo a mastologista o
diagnóstico positivo para a paciente é sempre uma notícia impactante, mas é
importante estar bem informado para conversar com a equipe médica sobre as
opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o caso.
Tatiana Ferrari destaca
alguns fatores que aumentam o risco da doença. “Envelhecimento, alterações
relacionadas à vida reprodutiva da mulher, história familiar de câncer de mama,
alta densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido
adiposo da mama), são os mais bem conhecidos fatores de risco para o
desenvolvimento do câncer de mama. Além desses, consumo de álcool, excesso de
peso, sedentarismo e exposição à radiação ionizante também são considerados
agentes potenciais para o desenvolvimento do câncer”, pontuou complementando
que a idade continua sendo um dos mais importantes fatores de risco.
A ginecologista Francielle
Batista lembra que a prevenção do câncer no colo do útero pode ser feita de
duas formas: por meio da vacina contra o HPV, recomendada pelo Ministério da
Saúde (MS), e pela forma tradicional, que consiste na detecção precoce. Esta
consiste no rastreamento do câncer inicial e de suas lesões precursoras,
prática que reduziu substancialmente a incidência do câncer de colo do útero em
vários países desenvolvidos.
Edição: Iara Cruz