Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) deixaram um legado incalculável para Palmas
Realizado há exatamente dois anos, evento internacional projetou Palmas para o mundo, além de injetar mais de R$ 20 milhões na economia local.
É incalculável o legado que Palmas recebeu após a celebração dos I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), há exatamente dois anos. Isso porque a Prefeitura de Palmas não mensura apenas como resultados do evento os mais de R$ 20 milhões injetados na economia local, envolvendo segmentos de hotelaria, de restaurantes e bares, entre outros, além da movimentação de pequenos comércios que indiretamente também aproveitaram a movimentação de turistas e voluntários vindos de todo o Brasil.
Sediar um evento internacional e pioneiro garantiu à Capital grande volume de mídia espontânea produzida por mais de 400 jornalistas presentes, o que na avaliação do presidente da Agência de Turismo de Palmas (Agtur), Cristiano Rodrigues, se transformou em um investimento que não se paga. “Os Jogos Mundiais Indígenas abriram portas para a divulgação da cidade para o Brasil e para o mundo. Permitiu que outros eventos viessem para a Capital e o Destino Palmas para realização de eventos se consolidasse. Foi tamanha a cobertura com mídia espontânea da primeira edição dos JMPI que se fôssemos investir em tudo o que foi produzido seriam necessários milhões de reais para pagar esse investimento”, diz Rodrigues, citando exemplos de inúmeros veículos de imprensa nacional e internacional que realizaram a cobertura do evento, inclusive a rede americana CNN.
Capacidade para sediar grandes eventos
A lição de casa que a Prefeitura de Palmas mostrou ter feito para garantir estrutura e organização para dar suporte e atenção necessária às demandas do evento internacional deram à Capital o status de cidade planejada com potencial para receber eventos nacionais e internacionais. Desde então, eventos de diferentes proporções e segmentos já ocorreram em Palmas, a exemplo de dois circuitos IronMan 70.3 (em abril de 2016 e abril de 2017), do 27º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) (novembro de 2016), do Campeonato Nacional de Parapente (junho de 2017) e a 3ª etapa do Circuito Brasileiro Challenger de Vôlei de Praia (julho de 2017).
O prefeito Carlos Amastha diz que o
objetivo foi mais que alcançado. “Exatamente dois anos depois de sediarmos os
Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, agora nossa cidade vira cenário de novela
de TV aberta, o que para nós é um presente enorme ver que agora Palmas ganhará
ainda mais visibilidade”, disse o prefeito.
JMPI em números
Participaram dos jogos cerca de 1.700 atletas indígenas, sendo 1.129 de povos brasileiros e 566 de origem estrangeira. Entre 23 de outubro a 1º de novembro de 2015, 140 mil pessoas passaram pela Vila dos Jogos em nove dias de evento. A estimativa era de que 20 mil pessoas circularam pela estrutura montada na Avenida Teotônio Segurado para receber delegações indígenas e público visitante.
A Vila dos Jogos, que serviu de palco
das competições e ambiente de interação entre visitantes e as etnias ali
representadas, tinha área total de 260.000 m², composta pela Arena Green (palco
principal dos Jogos), o Estádio Nilton Santos (que recebeu as competições de
futebol), duas estruturas de feiras temáticas (a Feira de Agricultura Familiar
Indígena e a Feira das Artes Indígena), Oca da Sabedoria, Oca Digital, Aldeia
Okara, além de praça de alimentação, posto de atendimento médico e estruturas
de segurança.
Para ajudar na organização de toda
essa estrutura, mais de 270 voluntários estiveram envolvidos, muitos dos quais
vieram de vários países para ajudar na organização do evento. O número de
atendimentos nos três Centros de Atendimentos aos Turistas de Palmas (Catur)
orientação de visitantes da cidade cresceu 500% no período.
Segundo o presidente da Fundação
Cultural de Palmas, Hector Franco, que na ocasião respondia pela Secretaria
Extraordinária responsável pelo evento, o investimento total em infraestrutura
e logística para a celebração dos jogos foi de R$ 100 milhões custeados pelo
Município, Governo Federal e parcerias público-privadas.