Leishmaniose visceral ou calazar: saiba como prevenir
A doença é grave e pode levar a morte seres humanos e animais, principalmente os cães
Conhecida também como calazar, a leishmaniose
visceral é uma doença grave que, se não tratada, pode levar à morte de pessoas e animais,
principalmente os cães. A Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) de
Palmas registrou em 2018, 2.454 casos em
animais e três óbitos em seres humanos, vítimas do Calazar.
O causador da doença é o parasita Leishmania
infantum, que pode se alojar na medula óssea e órgãos como baço e fígado.
Tanto pessoas quanto animais podem contrair o Calazar pela picada do
mosquito-palha (flebótomo).
A bióloga do UVCZ, Lara Betânia,
explica que nos animais os sintomas são: feridas que não cicatrizam,
principalmente ao redor dos olhos, ponta das orelhas e focinho, emagrecimento,
falta de apetite, conjuntivite, crescimento exagerado das unhas, dentre outros.
“Por serem sinais clínicos comuns a diversas outras doenças, apenas o exame
laboratorial pode confirmar o diagnóstico”, alerta a bióloga.
Nos seres humanos os indicativos
também são pouco específicos para a doença, mas quem apresentar febre por mais
de sete dias deve procurar o Centro de Saúde da Comunidade (CSC) mais próximo.
Quem possuir animais soro positivo para doença, também devem fazer o exame caso
apresente algum sintoma.
O exame em cães pode ser realizado na
UVCZ de Palmas, em horário comercial, para os residentes no Município, ou em
clínicas veterinárias particulares e é feito por meio de amostra de sangue. A
UVCZ faz o teste rápido de triagem e encaminha a amostra para o Laboratório
Municipal que realiza o exame sorológico.
Como prevenir?
Diversas medidas podem ser tomadas
para evitar a transmissão da doença para os cães, dentre elas: manter o quintal
sempre limpo, eliminar matéria orgânica como restos de folhas e frutos, lixo e
fezes de animais.
Não deposite lixo em terrenos baldios
ou locais inadequados, se possível use telas em portas e janelas de casa e
canis. “Outra ação importante é a castração dos animais para controlar a
transmissão da doença, com o controle populacional animal é possível a
diminuição dos reservatórios”, explicou a coordenadora do UVCZ, Betânia Costa.
Tratamento
De acordo com as diretrizes preconizadas
pelo Ministério da Saúde entre opções estão a eutanásia ou o tratamento, que é
realizado somente em clínicas particulares. Os animais contaminados apresentam
uma melhora na qualidade de vida, mas na maioria dos casos, o cão continua com
o parasita no organismo, exigindo acompanhamento médico-veterinário periódico e
constante.
Edição e
postagem: Lorena Karlla