08 agosto 2017 às 13:28

Mudança de hábitos é fundamental para combater o colesterol alto

Neste 8 de agosto, dia nacional contra a doença, nutricionista dá dicas de como enfrentá-la; alimentação saudável é uma delas 

Dia 8 de agosto é o Dia Nacional de
Combate ao Colesterol, e a melhor forma de enfrentá-lo é evitar os fatores de
risco como alimentação inadequada e sedentarismo. Ou seja, é necessária a
mudança de hábitos alimentares associada à prática de exercícios físicos. Mas
antes de falarmos sobre o combate, vamos explicar o que é colesterol.

 

O colesterol é um tipo de gordura
(lipídio) presente no organismo humano e fundamental para seu funcionamento. A
parede das células é formada por proteína e colesterol, sendo que esta gordura
facilita a entrada de nutrientes e ao mesmo tempo a saída de excretos.

 

Mas se é fundamental, por que faz mal?
Na verdade, existem dois tipos de colesterol: o HDL (Low Density Lipoprotein ou
lipoproteína de baixa densidade) e o LDL (High Density Lipoprotein ou
lipoproteína de alta densidade). O primeiro é considerado bom e o segundo ruim.
O HDL carrega o colesterol pelas artérias, não o deixando permanecer alojado
nas veias, transportando o colesterol de volta ao fígado para que ele seja
excretado. Já o LDL transporta o colesterol de células que produzem mais do que
usam para células que mais precisam. Com o passar do tempo, ele leva ao acúmulo
de placas de gordura nas paredes internas das artérias, diminuindo o fluxo de
sangue para órgãos importantes, como o coração e cérebro, podendo ocasionar
doenças cardiovasculares como infarto e acidente vascular cerebral.

 

 

Equilíbrio alimentar

 

A nutricionista Fernanda Nolêto, que
atua no Centro de Saúde da Comunidade da Arso 41, ressalta que é importante o
equilíbrio entre ambos, pois as taxas altas trazem problemas à saúde. “O ideal
é que todos se alimentem de uma maneira mais saudável, seguindo as orientações
do Guia Alimentar para a população brasileira que auxilia no combate à
obesidade e ao avanço das doenças crônicas, assim como dos altos índices de LDL
colesterol”, explica. 

Ainda segundo ela, o guia orienta que
a alimentação tenha como base alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e
minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar o
consumo de produtos ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de
pacote, biscoitos recheados, pratos prontos para o consumo e refrigerantes).

 

Exercício físico regular é
fundamental

 

Combater o sedentarismo é
fundamental. “Outro fator importante é ter uma rotina de exercícios físicos com
orientação de profissionais qualificados. Mas a gente sabe que a correria do
dia a dia traz maus hábitos alimentares e leva ao sedentarismo. Aí chega um
momento que o nosso corpo começa a dar sinais de que não está bem. As
alterações nos níveis de colesterol, principalmente elevação do LDL colesterol,
é um deles”, alerta a nutricionista.

 

 

Fernanda ressalta ainda que o fato de
não estar com bons índices de colesterol seja sinônimo de que a pessoa não
possa reverter o quadro, pois a mudança de hábitos é sim possível para
todos.“Preferir uma alimentação mais natural com alimentos caseiros, frescos e
evitar o consumo de alimentos de origem animal e ricos em gordura trans,
presentes principalmente nos produtos ultraprocessados, auxiliará nessa
mudança. Aos poucos a pessoa se adapta e vê o quanto é importante ser
saudável”, reforça.

 

 

Guia Alimentar da População
Brasileira – os dez passos para uma alimentação adequada e saudável

1. Fazer de alimentos in natura ou
minimamente processados a base da alimentação;

2. Utilizar óleos, gorduras, sal e
açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar
preparações culinárias;

3. Limitar o consumo de alimentos
processados;

4. Evitar o consumo de alimentos
ultra processados;

5. Comer com regularidade e atenção,
em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;

6. Fazer compras em locais que
ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;

7. Desenvolver, exercitar e partilhar
habilidades culinárias;

8. Planejar o uso do tempo para dar à
alimentação o espaço que ela merece;

9. Dar preferência, quando fora de
casa, a locais que servem refeições feitas na hora;

10. Ser crítico quanto a informações,
orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

 

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