Dispositivo faz parte de pesquisa de monitoramento e, para isso, eles são colocados em imóveis comerciais ou residenciais dentro de um raio de 300 metros do mapeamento feito pela UVCZ – Foto: Gabriela Letrari
Serviço
12 março 2025 às 17:06

Novas armadilhas para capturar ovos do mosquito da dengue são instaladas pela Prefeitura de Palmas

Ao todo serão colocados 121 dispositivos em 19 quadras das regiões norte, central e sul de quarta a sexta-feira, 12 a 14

A Prefeitura de Palmas começou a instalar novas armadilhas para capturar os ovos do mosquito da dengue nesta quarta-feira, 12. A atividade está sendo realizada por equipes da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), que fará a instalação de 121 dispositivos em 19 quadras da Capital dentre as regiões norte, central e sul até sexta-feira, 14.

Os locais para instalar as ovitrampas foram selecionados com base nos dados epidemiológicos de monitoramento do número de casos confirmados para arboviroses (dengue, zika e chikungunya) e pelos dados entomológicos registrados no último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) feito em fevereiro.

Especificamente nas quadras Arse 14 (110 Sul), Arse 22 (206 Sul), Arse 24 (210 Sul) e Arse 32 (306 Sul), identificou-se um aumento do número de casos, acima do esperado, de chikungunya. Desta forma, a Semus orienta a toda a população a redobrar os cuidados com a limpeza dos imóveis para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Além dos cuidados individuais, como uso de repelentes.

Neste ciclo de instalação, as ovitrampas foram direcionadas para as seguintes regiões: Arno 32 (305 Norte), Arno 31 (303 Norte), Arno 12 (105 Norte), Arno 21 (203 Norte), ACSU-NO 40 (301 Norte), ACSU-NO 10 (101 Norte), Arno 23 (207 Norte), ACSO 1 e ACNO 11 (103 Norte), Arno 33 (307 Norte), Jardim Aureny III, União Sul, Bertaville, Arse 12 (106 Sul), Arse 21 (204 Sul), Arse 23 (208 Sul), Arse 24 (210 Sul), Arse 32 (306 Sul), Arse 22 (206 Sul) e Arse 14 (110 Sul).

O dispositivo faz parte de uma pesquisa de monitoramento e, para isso, eles são colocados em imóveis comerciais ou residenciais, desde que estejam dentro de um raio de 300 metros do mapeamento feito pela Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ). Para isso, é feita primeiramente uma visita do agente com a intenção de esclarecer ao morador ou proprietário do imível sobre o trabalho e obter a permissão para a realização da instalação no imóvel.

Sem riscos

As armadilhas serão retiradas na próxima segunda-feira, 17, antes dos ovos eclodirem e virarem mosquito que, para isso acontecer, leva geralmente de sete a 10 dias. O processo será repetido após três semanas nos mesmos imóveis. Para saber mais sobre a pesquisa, acesse aqui

A proprietária de uma tinturaria na ACSO 1 (103 Norte) Dayane Lima dos Santos se interessou pela pesquisa. “Aqui na oficina tem muito mosquito, principalmente nesses lugares pequenos e escuros, mas não sei se é dengue, é até bom eu ter essa informação. Apesar de que eu tenho muito cuidado porque trabalhamos muito com baldes, pneus, então eu evito deixar acumular água e sempre cobro os meninos a terem essa atenção, mas todo cuidado é pouco, né?”, destacou a empresária.

Atividades conjunta

Simultâneo às instalações das ovitrampas, os agentes de combate às endemias têm intensificado as visitas domiciliares nessas quadras. Além disso, a equipe faz ações educativas e de sensibilização com os moradores para a vigilância de criadouros do mosquito para que o cuidado passe a ser semanal. A UVCZ também tem intensificado as atividades e está estruturando novas estratégias de controle vetorial.

Texto: Rodrigo Marques

Edição: Denis Rocha