Na próxima segunda-feira, 20 de maio, Palmas completa 35 anos de fundação, celebrando não apenas seu crescimento urbano e econômico, mas também suas notáveis iniciativas de sustentabilidade. A cidade, conhecida por seu planejamento moderno, está se destacando cada vez mais pelo compromisso com o meio ambiente, arborizando canteiros e parques e, especialmente, através do projeto de compostagem que transforma resíduos orgânicos em recursos nutritivos para novas plantas.
O projeto de compostagem de Palmas é um exemplo brilhante de economia circular e gestão sustentável de resíduos. As galhas podadas dos canteiros e parques da cidade, que iriam para no aterro sanitário, são coletadas e levadas para a Central de Compostagem e Ecoponto de Galhadas, onde são trituradas e eleiradas, passando por um processo de decomposição controlada por micro-organismos. O composto é revirado a cada 15 dias por máquinas para garantir homogeneização e, no período de três a quatro meses, já está pronto para ser usado em viveiros, horto, horta, escolas com projeto de cultivo e canteiros e jardins da cidade.
Segundo o superintendente de Infraesturura da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp), William Roberto Ataídes, além desse processo, a Prefeitura de Palmas irá implantar outros processos de decomposição, como a utilização de resíduo orgânico de feiras e Ceasa, adicionando a matéria orgânica às galhadas trituradas, além da utilização de gongolo, animais invertebrados que se alimentam do material triturado, transformando-o em húmus. “Também estamos buscando cada vez mais tecnologias para a decomposição dessa matéria orgânica”.
Benefícios
Após o processo de decomposição, a Seisp utiliza o composto para enriquecer o solo nos viveiros de mudas, onde, junto com terra preta, ele é essencial para o crescimento saudável de novas plantas. Essas mudas, incluindo flores e outras espécies, são plantadas nos canteiros e parques da cidade, contribuindo significativamente para o embelezamento urbano, tornando Palmas aconchegante para seus moradores e visitantes.
Além de contribuir para o embelezamento da Capital, o composto orgânico é um recurso valioso para as hortas comunitárias, desenvolvidas pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder). Essas hortas recebem o composto para adubação natural, contribuindo para que a produção de hortaliças seja sustentável e saudável, sem agrotóxicos.
As escolas municipais também se beneficiam diretamente desse projeto. A Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Fidêncio Bogo, por exemplo, que utiliza o composto em suas hortas e pomares escolares, proporcionando aos alunos a oportunidade de aprender sobre agricultura sustentável e a importância da reciclagem de resíduos orgânicos.
“Fazer uma gestão pública com foco no bem-estar da população é priorizar as políticas de desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental da nossa Capital, que nos encanta com sua flora e fauna. Por dois anos consecutivos, 2023 e 2024, Palmas alcançou o primeiro lugar na região Norte no Ranking de Cidades Sustentáveis da Bright Cities. A nossa gestão também se destacou no Ranking Connected Smart Cities e recebeu a comenda Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia. O futuro da nossa cidade passa por aliar as experiências econômicas e a preservação do meio ambiente”, explica a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro.
Distribuição de Mudas
Um aspecto significativo do projeto de compostagem é a colaboração com a Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA), que recebe parte do composto para seu horto de mudas de espécies nativas e frutíferas. Essas mudas são distribuídas gratuitamente à sociedade, incentivando a comunidade a participar ativamente na arborização de seus quintais e chácaras e na conservação do meio ambiente. As mudas produzidas no Horto Florestal da FMA também são destinadas à arborização da cidade em canteiros, parques e praças, como também na arborização de nascentes e leito de córregos que abastecem a Capital.
Impacto ambiental positivo
Com essa iniciativa, a Prefeitura de Palmas não só evita que grandes volumes de resíduos orgânicos sejam descartados no aterro sanitário municipal, o que diminuiria sua vida útil, mas também transforma esses resíduos em recursos valiosos para a cidade. Isso resulta em menor impacto ambiental, contribui para a redução de gases de efeito estufa e promove a sustentabilidade urbana. Essa gestão de resíduos vai de encontro com o conceito de economia circular, que tem como principal objetivo associar o desenvolvimento econômico a um melhor uso dos recursos naturais, como também recuperar e regenerar produtos em todo o ciclo de vida.
Ecoponto
O trabalho de poda realizado Seisp é feito de forma sustentável, com o objetivo de estimular o crescimento e desenvolvimento das plantas que arborizam a cidade. Atualmente Palmas conta com uma Central de Compostagem e Ecoponto de Galhadas, localizado na TO-050, Chácara 17, Plano Diretor Rural. O projeto é desenvolvido pela Seisp, em parceria com a FMA e Seder.
Texto: Wédila Jácome/Secom Palmas