Público da vacinação contra a Covid-19 é ampliado com a inclusão de pacientes neurológicos crônicos

Para este público, as doses são administradas para as pessoas acima de 40 anos; Plano de Imunização também atualiza critérios da aplicação da segunda dose da AstraZeneca/Oxford em grávidas e puérperas

Público da vacinação contra a Covid-19 é ampliado com a inclusão de pacientes neurológicos crônicos

Para este público, as doses são administradas para as pessoas acima de 40 anos; Plano de Imunização também atualiza critérios da aplicação da segunda dose da AstraZeneca/Oxford em grávidas e puérperas

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O Ministério da Saúde atualizou o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 e inseriu os pacientes com doenças neurológicas crônicas como público prioritário da vacinação. Em Palmas, nesta semana, para este público as doses estão sendo aplicadas para pessoas com mais de 40 anos. Acesse a sétima edição do documento aqui. 
 

Segundo o PNI, podem se vacinar pessoas com mais de 40 anos que tenham doença cerebrovascular (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular); doenças neurológicas crônicas que impactem na função respiratória, indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave.
 

A mesma edição do documento do Ministério da Saúde atualiza os critérios da aplicação da segunda dose da AstraZeneca/Oxford para as grávidas e puérperas. Conforme o PNI, essas mulheres terão que aguardar o término do período da gestação e puerpério (até 45 dias pós parto) para a administração da segunda dose da vacina. A vacinação com a Pfizer continua com o mesmo intervalo, isto é, a segunda dose será administrada 90 dias após a primeira.

 

Confira como fica agora o quadro de comorbidades e fatores de risco atualizado:
 

• Pessoas com Síndrome de Down, a partir de 18 anos;

• Pessoas com uso recente de imunoglobulinas, a partir de 18 anos — com, pelo menos, um mês de intervalo entre a administração da imunoglobulina e a vacina, de forma a não interferir na resposta imunológica;

• Pessoas em uso de Antiagregantes Plaquetários e Anticoagulantes Orais, a partir de 18 anos — por cautela, a vacina pode ser administrada o mais longe possível da última dose do anticoagulante direto;

• Portadores de Doenças Reumáticas Imunomediadas (DRIM) — a vacinação em pacientes com DRIM deve ser individualizada, levando em consideração a faixa etária, a doença reumática autoimune de base, os graus de atividade e imunossupressão, além das comorbidades, recomendando-se que seja feita preferencialmente sob orientação de médico especialista;

• Pacientes oncológicos, transplantados e demais pacientes imunossuprimidos, a partir de 18 anos – Imunossuprimidos são indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas;

• Doença de Crohn, a partir de 18 anos;

• Síndrome de Cushing, a partir de 18 anos;

• Lúpus eritematoso sistêmico, a partir de 18 anos;

• Imunodeficiência primária com predominância de defeitos de anticorpos, a partir de 18 anos;

• Pneumopatias crônicas graves, a partir de 18 anos – Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática);

• Doenças que causam deficiências intelectuais e/ou motoras e cognitivas como a Síndrome Cornélia de Lange, a partir de 18 anos;

• Doença de Huntington, a partir de 18 anos;

• Doenças raras como anemia falciforme e talassemia maior, a partir de 18 anos;

• Doença renal crônica, a partir de 18 anos;

• Diabetes mellitus Tipo 1, Tipo 2 ou gestacional, a partir de 40 anos;

• Trombofilia (para gestantes);

• Hipertensão arterial, a partir de 40 anos;

• Doenças cardiovasculares, a partir de 40 anos – Insuficiência cardíaca (IC) IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association;

• Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar, a partir de 40 anos – Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária;

• Cardiopatia hipertensiva, a partir de 40 anos – Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo);

• Síndromes coronarianas, a partir de 40 anos – Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras);

• Doença cerebrovascular, a partir de 40 anos – (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular); doenças neurológicas crônicas que impactem na função respiratória, indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave;

• Valvopatias, a partir de 40 anos – Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras);

• Miocardiopatias e Pericardiopatias, a partir de 40 anos – Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática;

• Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas, a partir de 40 anos – Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos;

• Arritmias cardíacas, a partir de 40 anos – Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras);

• Cardiopatias congênitas no adulto, a partir de 50 anos – Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico;

• Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados, a partir de 40 anos – Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência);

• Doença cerebrovascular, a partir de 40 anos – Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular;

• Obesidade mórbida, a partir de 40 anos – Índice de massa corpórea (IMC) ≥ 40;

• Cirrose hepática, a partir de 00 anos – Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C.