
Programas de bolsas e estágios contribuem na formação de profissionais da saúde
Com
um pé na vida acadêmica, mas de olho no mercado de trabalho, a estudante Camila
Botelho, que está no 3° período do curso de Farmácia, já deu start para o início de sua carreira. O
primeiro estágio da acadêmica foi oferecido pela Divisão de Ensino, Trabalho e
Pesquisa (DIEP) da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESP). Assim
como ela, outros 803 estudantes de graduação e de cursos técnicos realizaram
estágio curricular por meio da FESP em 2016, e seguem em 2017. Além dos
estágios curriculares, outros programas desenvolvidos em parceria com a FESP,
como VER SUS e PET Saúde, também contribuem para formação acadêmica desses profissionais.
Camila
conta que será uma ótima oportunidade. “Como estou no começo do curso, eu
espero aprender bastante, uma vez que, ainda terei a chance de enriquecer meu
currículo”. Os estágios são realizados nas unidades de Saúde no âmbito da
Secretaria Municipal de Saúde (Semus), composta de 31 unidades de saúde, cinco
farmácias municipais, duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), três
policlínicas, o Complexo de Atenção à Saúde (CAS), o Centro de Consultas Especializadas
de Palmas (CECEP), a Central Municipal de Vacinas (CEMUV) e o Centro de Saúde
Sexual e Reprodutiva são campos de estágios permanentes.
Os
alunos são conduzidos pelas instituições de ensino para a rede municipal de
saúde, por meio de convênios. Os estágios são oferecidos nas áreas de farmácia,
fisioterapia, serviço social, biomedicina, fisioterapia, enfermagem, nutrição e
medicina. “A presença desses estudantes colaboram muito com o desenvolvimento
das atividades, um exemplo está na área da enfermagem, é visível a melhora no
atendimento nas unidades de saúde. Só do curso de medicina já passaram por
estágios na rede, mais de 800 estudantes”, explicou a coordenadora de ensino
trabalho e pesquisa da FESP, Werlen Batista. Atualmente a Semus possui convênio
com oito instituições de ensino.
Quem
já passou pelo estágio explica que a oportunidade rendeu grandes desafios e
oportunidades de novas conquistas. “Aprendi bastante, tive a oportunidade de
ficar oito meses na FESP e para minha vida acadêmica e profissional contou
muito”, destacou a estudante de enfermagem, Tereza Raquel Costa.
Programa Integrado de Residências em
Saúde
Servidor
do município desde 2003, Marcos Fabiano Monteiro atuava na gestão da saúde, com
a abertura do processo seletivo, o psicólogo, ingressou no Programa Integrado
de Residências em Saúde (PIRS), em 2014. A especialização, que foi concluída em
2016, proporcionou para ele a experiência da residência multiprofissional. Marcos teve a oportunidade de trabalhar com a
equipe da saúde mental, atuando na prática no Centro de Atenção Psicossocial
(CAPS), na ala psiquiátrica do Hospital Geral de Palmas (HGP), entre outros.
“Enquanto
profissional a experiência foi extremamente válida, porque saí com a
qualificação de especialista. Durante a formação os alunos recebem uma bolsa de
residência que possibilita ao profissional, trabalhar e estudar de forma
tranquila”, destacou o psicólogo.
Marcos
e outros profissionais passaram pelo programa desenvolvido pela FESP em
parceria com o Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp-Ulbra) e a
Universidade Federal do Tocantins (UFT), que oferece qualificação para
profissionais da rede de saúde. O objetivo do PIRS é de que os profissionais
que atuam dentro da gestão municipal recebam formação de qualidade e, assim,
possam repensar a rede de atenção à Saúde.
“Atualmente
temos 167 médicos, enfermeiros, odontólogos, psicólogos, fisioterapeutas,
nutricionistas, assistentes sociais, educadores físicos, biólogos, médicos
veterinários, farmácia, biomédicos que são bolsistas do PIRS. Com o foco na
educação permanente, conseguimos fortalecer o SUS, qualificar os profissionais
das Redes de Atenção à Saúde e ainda humanizar as relações assistenciais e de
trabalho oferecidos à população”, destacou uma das responsáveis pela área
técnica de residência da FESP, Jacyela Leopoldino.
VER-SUS Brasil
A
saúde de Palmas ainda conta com o VER-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do
Sistema Único de Saúde) que é um projeto do ministério da Saúde, em parceria
com a Rede Unida que acontece desde 2002, com foco na formação de trabalhadores
para o SUS. No município são oferecidos a estudantes e profissionais da saúde
estágios e vivências que permitem a experiência de um novo espaço de
aprendizagem no próprio cotidiano de trabalho das organizações e serviços de
saúde.
Nas
vivências os participantes ficam imersos 24h por dia, entre sete a quinze dias
para realizar atividades do projeto. “Todos terminaram essa experiência
apaixonados e com desejo de fortalecer o SUS e suas políticas. A experiência
proporcionada pelo VER-SUS além de ampliar a formação profissional provoca
diálogos e discussões interdisciplinares, além de integrar saberes sobre o SUS
e inserir o acadêmico de forma mais abrangente no futuro campo de trabalho”,
destacou a estudante Karine Rocha que participou da vivência em Palmas.
PET Saúde
Outro
programa que também disponibiliza bolsas para tutores, preceptores e estudantes
de graduação da área da saúde é o PET-Saúde/Vigilância em Saúde, em implementação
no país desde 2005. Na Capital, os grupos do PET são formados por um tutor
acadêmico, oito estudantes monitores e dois preceptores.