07 maio 2019 às 17:34

Seder apresenta tecnologias sustentáveis na abertura da Feira Agropecuária do Tocantins

Uma das novidades apresentadas na Agrotins na Fazendinha do Calor Humano é o capim capiaçu

A Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), traz para a Feira Agropecuária do Tocantins (Agrotins) o projeto Fazendinha do Calor Humano, que destaca algumas tecnologias agropecuárias sustentáveis, atualmente utilizadas na produção de alimentos com responsabilidade socioambiental.

 

Na parte de produção, a Seder vem trabalhando com a bovinocultura no sentido de melhoramento genético e alimentação do rebanho. Na feira, são apresentadas algumas tecnologias que falam sobre o melhoramento de pastagens e da alimentação do rebanho, com variedades de capins expostos, a exemplo do capiaçu. Ainda na parte de bovinocultura, é possível encontrar exposição de animais que oferecem matriz e a incrementação do melhoramento genético.

 

De acordo com o médico veterinário da Seder, Claudio Sayão, atualmente 50 produtores de leite de Palmas recebem assistência da Seder. “Hoje a Secretaria está trabalhando para minimizar os problemas no período de seca, procurando o melhor rendimento nas propriedades leiteiras”, disse.

 

Ainda de acordo com Sayão, a criação de ovelhas e caprinos também vem ganhando espaço em pequenas propriedades com possibilidade de colocar uma média de 35 cab/ha/ano em pastagens bem manejadas.

 

Capim Capiaçu

 

Uma das novidades apresentadas na Agrotins na Fazendinha do Calor Humano é o capim capiaçu. No local, uma roça de capim capiaçu apresenta touceiras densas e colmos eretos que facilitam a colheita, apresentando porte alto e se destaca pela produtividade e valor nutritivo. O capim tem alternativa de baixo custo de silagem para suplementação do pasto no período da seca.

 

De acordo com o médico veterinário da Seder, Claudio Sayão, o capim chega a produzir até 300 toneladas por hectares. “É um capim de alta produção, que bem manejado e fazendo as correções nas devidas épocas, sendo armazenado em forma de silo, manterá  a produção do rebanho leiteiro”, disse, acrescentando que a inclusão deste capim na alimentação do gado será  um grande passo para o pequeno produtor,  que tem  dificuldades  de oferta de alimentos na época das secas.

 

Curral de mini vacas

 

Um dos locais bastante frequentado foi o curral de mini vacas, um alternativa para pequena propriedade, para a prática do turismo rural e de negócios.

 

O casal de estudantes de Zootecnia, Joel de Souza Decaris e Vanessa Pereira do Nascimento Decaris, veio de Natividade (TO) para visitar a Agrotins.  Como são agricultores, ficaram impressionados com as novas tecnologias aplicadas ao homem do campo. “A genética que vem se produzindo de cada cultivares vem se destacando muito e ajudando o produtor a ter um excelente produto para atender ao mercado”, disse.

 

Galinhas Felizes

 

No galinheiro Galinhas Felizes o visitante vai conhecer o sistema de manejo e criação de galinhas caipiras e frangos de corte ao ar livre, sem gaiolas, dando mais valor agregado à produção de frangos e ovos caipiras.  Um sistema semi confinado, onde os pintinhos permanecem fechados durante 30 dias, recebendo ração e água para criar carcaça, recebem vacinação, e depois de 30 dias são soltos nos piquetes, onde ficam mais 60 dias alternados entre piquete e galinheiro. Com 90 dias estão prontos para o abate.

 

De acordo com o técnico em Agropecuária, Homero Juliani Barbosa, esse tipo de sistema é mais vantajoso para o produtor. “Esse sistema misto, semi intensivo, gera mais lucro ao produtor, com uma carne de boa qualidade , sem antibióticos, e a gente espera que o produtor possa ter uma renda melhor e possa utilizá-lo também na sua alimentação diária”, disse.

 

Os produtores Fernando Moreira e Delvânia Barros possuem uma pequena propriedade na região da Agrotins, onde criam frangos caipiras, o famoso “pé duro” e o “índio”. Com uma produção em média de 150 cabeças de frangos caipiras, o casal comercializa apenas os frangos machos e lucra também com a venda de ovos.

 

Ao conhecer o sistema de manejo na Fazendinha, ele pretende adotá-lo em sua propriedade. “Vamos conhecer essa nova técnica de semi confinado e quem sabe até o final do ano possamos atingir a meta de 200 cabeças de frangos/mês.

 

Projeto Roça para Escola

 

Em uma área de dois hectares e meio, o projeto Roça para Escola chama atenção pela quantidade de milhos produzidos.  O projeto desenvolvido pela Seder em parceria com a educação do município, que doa adubos, sementes e alguns fungicidas e a Seder faz todo plantio, adubação e condução da lavoura. A produção é doada para as escolas municipais para o enriquecimento da alimentação escolar. A previsão é de colher em torno de 100 a 110 espigas, a partir de 20 de maio.

 

O diretor de Assistência Técnica da Seder, Bonfim dos Reis Ferreira dos Santos, falou sobre as novas tecnologias aplicadas nessa lavoura. “O nosso projeto trabalha com uma semente de milho melhorada, resistente ao glifosato e à lagarta do cartucho, com isso diminuiu a pulverização e a lavoura está bem uniforme e limpa. Não houve ataque de pragas, fizemos apenas uma aplicação com herbicidade que matou somente o mato e o milho é resistente, facilitando o manejo da lavoura”, disse.