Seder apresenta tecnologias sustentáveis na abertura da Feira Agropecuária do Tocantins
Uma das novidades apresentadas na Agrotins na Fazendinha do Calor Humano é o capim capiaçu
A Prefeitura de Palmas, por
meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), traz para a Feira
Agropecuária do Tocantins (Agrotins) o projeto Fazendinha do Calor Humano, que
destaca algumas tecnologias agropecuárias sustentáveis, atualmente utilizadas
na produção de alimentos com responsabilidade socioambiental.
Na parte de produção, a
Seder vem trabalhando com a bovinocultura no sentido de melhoramento genético e
alimentação do rebanho. Na feira, são apresentadas algumas tecnologias que
falam sobre o melhoramento de pastagens e da alimentação do rebanho, com variedades
de capins expostos, a exemplo do capiaçu. Ainda na parte de bovinocultura, é possível
encontrar exposição de animais que oferecem matriz e a incrementação do
melhoramento genético.
De acordo com o médico
veterinário da Seder, Claudio Sayão, atualmente 50 produtores de leite de
Palmas recebem assistência da Seder. “Hoje a Secretaria está trabalhando para
minimizar os problemas no período de seca, procurando o melhor rendimento nas
propriedades leiteiras”, disse.
Ainda de acordo com Sayão, a
criação de ovelhas e caprinos também vem ganhando espaço em pequenas
propriedades com possibilidade de colocar uma média de 35 cab/ha/ano em
pastagens bem manejadas.
Capim
Capiaçu
Uma das novidades
apresentadas na Agrotins na Fazendinha do Calor Humano é o capim capiaçu. No
local, uma roça de capim capiaçu apresenta touceiras densas e colmos eretos que
facilitam a colheita, apresentando porte alto e se destaca pela produtividade e
valor nutritivo. O capim tem alternativa de baixo custo de silagem para
suplementação do pasto no período da seca.
De acordo com o médico
veterinário da Seder, Claudio Sayão, o capim chega a produzir até 300 toneladas
por hectares. “É um capim de alta produção, que bem manejado e fazendo as correções
nas devidas épocas, sendo armazenado em forma de silo, manterá a produção do rebanho leiteiro”, disse,
acrescentando que a inclusão deste capim na alimentação do gado será um grande passo para o pequeno produtor, que tem
dificuldades de oferta de
alimentos na época das secas.
Curral
de mini vacas
Um dos locais bastante
frequentado foi o curral de mini vacas, um alternativa para pequena
propriedade, para a prática do turismo rural e de negócios.
O casal de estudantes de
Zootecnia, Joel de Souza Decaris e Vanessa Pereira do Nascimento Decaris, veio de
Natividade (TO) para visitar a Agrotins.
Como são agricultores, ficaram impressionados com as novas tecnologias
aplicadas ao homem do campo. “A genética que vem se produzindo de cada
cultivares vem se destacando muito e ajudando o produtor a ter um excelente
produto para atender ao mercado”, disse.
Galinhas
Felizes
No galinheiro Galinhas
Felizes o visitante vai conhecer o sistema de manejo e criação de galinhas
caipiras e frangos de corte ao ar livre, sem gaiolas, dando mais valor agregado
à produção de frangos e ovos caipiras.
Um sistema semi confinado, onde os pintinhos permanecem fechados durante
30 dias, recebendo ração e água para criar carcaça, recebem vacinação, e depois
de 30 dias são soltos nos piquetes, onde ficam mais 60 dias alternados entre
piquete e galinheiro. Com 90 dias estão prontos para o abate.
De acordo com o técnico em
Agropecuária, Homero Juliani Barbosa, esse tipo de sistema é mais vantajoso
para o produtor. “Esse sistema misto, semi intensivo, gera mais lucro ao
produtor, com uma carne de boa qualidade , sem antibióticos, e a gente espera
que o produtor possa ter uma renda melhor e possa utilizá-lo também na sua
alimentação diária”, disse.
Os produtores Fernando
Moreira e Delvânia Barros possuem uma pequena propriedade na região da
Agrotins, onde criam frangos caipiras, o famoso “pé duro” e o “índio”. Com uma
produção em média de 150 cabeças de frangos caipiras, o casal comercializa
apenas os frangos machos e lucra também com a venda de ovos.
Ao conhecer o sistema de
manejo na Fazendinha, ele pretende adotá-lo em sua propriedade. “Vamos conhecer
essa nova técnica de semi confinado e quem sabe até o final do ano possamos
atingir a meta de 200 cabeças de frangos/mês.
Projeto
Roça para Escola
Em uma área de dois hectares
e meio, o projeto Roça para Escola chama atenção pela quantidade de milhos
produzidos. O projeto desenvolvido pela
Seder em parceria com a educação do município, que doa adubos, sementes e
alguns fungicidas e a Seder faz todo plantio, adubação e condução da lavoura. A
produção é doada para as escolas municipais para o enriquecimento da
alimentação escolar. A previsão é de colher em torno de 100 a 110 espigas, a
partir de 20 de maio.
O diretor de Assistência Técnica
da Seder, Bonfim dos Reis Ferreira dos Santos, falou sobre as novas tecnologias
aplicadas nessa lavoura. “O nosso projeto trabalha com uma semente de milho
melhorada, resistente ao glifosato e à lagarta do cartucho, com isso diminuiu a
pulverização e a lavoura está bem uniforme e limpa. Não houve ataque de pragas,
fizemos apenas uma aplicação com herbicidade que matou somente o mato e o milho
é resistente, facilitando o manejo da lavoura”, disse.