15 agosto 2019 às 16:58

Sem epidemia: Saúde de Palmas atua na prevenção, diagnóstico e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis

Descentralização dos testes rápidos, exames em eventos públicos e monitoramento são exemplos de atuação da rede de Saúde da Capital  


Nos últimos anos, a rede de saúde de Palmas ampliou a proteção, prevenção e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), com a descentralização dos testes rápidos para detecção de HIV, Sífilis e Hepatites B e C para os Centros de Saúde da Comunidade (CSCs), a disponibilização do exame em eventos de grande fluxo de público e o monitoramento da equipe multiprofissional do Henfil. 

 


Com esta rede de cuidados, a rede de saúde da Capital realizou em 2017, 9.694 testes rápidos, 2018 este percentual mais que dobrou 24.569 e até julho de 2019, foram 20.741 exames. Palmas ainda diagnosticou em 2018, 376 casos de sífilis adquirida, 194 sífilis em gestante e 49 sífilis congênitas confirmadas; 70 novos casos de hepatites B e/ou C, 96 casos de Condiloma Acuminado e 195 novos diagnósticos de HIV, sendo estes 20 em gestantes.

 


Se comparado ao período de 1991 a 2015, que registrou 722 casos de HIV/AIDS entre adultos, sendo 16 casos em gestantes e 10 em crianças o número de casos é menor proporcionalmente. Já em 2015, a taxa de detecção foi de 11,4, marcando um aumento para 50% na transmissão entre homens que fazem sexo com homens.

 


A superintendente de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, a enfermeira Gillian Cristina Barbosa, explica que a taxa de detecção apresentou um pequeno aumento nos últimos anos, devido ao grande incremento de testes rápidos distribuídos nas unidades de saúde e das campanhas de conscientização para o cuidado. “O Município de Palmas vem investindo constantemente na qualidade dos serviços prestados com os profissionais da rede de atenção à saúde através de capacitações, discussões de caso, oficina de manejo de IST’s, realização de encontros, fóruns e o acompanhamento dos casos diagnosticados para garantir o tratamento adequado aos pacientes”, pontua a superintendente.



De acordo com a superintendente, a meta da Secretaria de Saúde é que todas as pessoas portadoras do HIV saibam que tem o vírus e recebam terapia antirretroviral ininterruptamente. Vale destacar que 90% de todas as pessoas em tratamento com antirretroviral suprimiram a carga viral levando-as a níveis indetectáveis.



O coordenador do Grupo de Infectocontagiosas,  o enfermeiro Eduardo Silva, lembra que Palmas possui 34 centros de saúde da comunidade que ofertam testes rápidos para HIV, Hepatites B e C e Sífilis, em livre demanda, e tratamento e acompanhamento multidisciplinar dos casos confirmados.



A Saúde da Capital conta ainda com preservativos masculino e feminino com distribuição, livre e gratuita, visando garantir a prática sexual segura e eficaz, além de constantemente realizar ações de prevenção e promoção à saúde abordando: a importância da testagem rápida; orientações sobre a prática sexual segura; e realização de testagem rápida. “Atuamos constantemente em três alicerces do combate às infecções sexualmente transmissíveis, sendo eles: prevenção, diagnóstico e tratamento. Trabalhamos a sensibilização, a importância e a necessidade do uso correto do preservativo em todas as relações sexuais. No diagnóstico, que ele seja precoce, para ampliar as chances de recuperação. E o tratamento adequado”, esclareceu orientando que quanto mais precoce o diagnóstico melhor, pois a pessoa pode ter acesso mais rápido aos serviços de saúde, iniciar o tratamento e ficar menos tempo exposto ao vírus.

 

 



Edição e postagem: Lorena Karlla 

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