Descarte irregular de carvão e entulho diminui vida útil de contêineres de lixo doméstico

Restos de construção, móveis velhos e animais mortos são principais exemplos de mau uso de estrutura

Descarte irregular de carvão e entulho diminui vida útil de contêineres de lixo doméstico

Restos de construção, móveis velhos e animais mortos são principais exemplos de mau uso de estrutura

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O mau uso do patrimônio público tem inviabilizado a longevidade de contêineres de lixo doméstico em Palmas. Lamentavelmente, estas estruturas com capacidade para receber até um metro cúbico (1000 litros) de resíduo doméstico estão tendo sua estrutura danificada de tal forma que o material plástico polietileno de alta densidade não pode ser sequer mais reparado.

 

Em 2019, segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seisp), cerca de 400 unidades, isto é, 25% dos 1.610 contêineres distribuídos em toda a cidade e distritos de Palmas tiveram de ser retirados das ruas para troca de peças ou para descarte seguido de reposição em razão de danos irreparáveis.

 

Trata-se da reposição de um bem de uso coletivo e permanente em razão de mau uso, cuja principal conseqüência é impacto aos cofres públicos. Cada unidade custa cerca de R$ 1.300,00.

 

Mau uso

 

O contêiner azul deveria receber apenas lixo doméstico embalado em sacos plásticos para coleta regular. No entanto, a estrutura tem, indevidamente, sido transformada em ponto de descarte de animais mortos, restos de construção, carvão em brasas e até móveis velhos.

 

Nas fotos é possível ver registros de contêineres danificados que no Jardim Aureny I e II, na Arse 111 (1.104 Sul), em bolsão de área comercial da Avenida LO-27 e na ACSE-SE 40 (402 Sul). O excesso de peso e descarte de materiais indevidos são as maiores causas de danos porque causam a quebra do corpo, das rodas giratórias ou mesmo do munhão para basculamento (suporte lateral que permite o encaixa da estrutura no caminhão de coleta de lixo).

 

A faxineira Aparecida Braga mora na Arse 111 (1.104 Sul) disse que acha este tipo de situação um prejuízo. “Não se pode misturar lixo de casa com lixo de obra. Assim é todo mundo que paga por isso”, disse.

 

O engenheiro da Seisp Bruno Mouzinho explica que estas estruturas são resistentes o suficiente para ter toda sua capacidade preenchida por lixo doméstico. “Infelizmente os cidadãos não entendem que restos de construção, móveis velhos e outros entulhos pesados não são lixo doméstico. São resíduos que têm formas apropriadas para descarte e não podem ser ali depositados porque reduzem a vida útil de um patrimônio e cuja reposição não é barata. Vale lembrar que todos nós pagamos essa conta afinal”, frisou Mouzinho.

 

Animais mortos e entulho

 

Assim como o lixo doméstico é encaminhado para o aterro sanitário, onde há o controle adequado de tais resíduos. O resíduo de construção civil (restos de obras) e entulho devem ser encaminhados para área licenciada para seu depósito, por meio de empresas credenciadas como Disque-Entulho, cuja prestação de serviço deve ser contratada pelo cidadão. O desrespeito a esta norma torna o cidadão passível de multa. Denúncias dessa natureza podem ser feitas à Guarda Ambiental pelo telefone 153.

 

Com relação aos corpos de animais mortos, o serviço de recolhimento é prestado de forma gratuita por empresa contratada pela Seisp. Para solicitar basta entrar em contato pelo telefone (63) 3212-7426 das 7 às 19 horas de segunda a sexta-feira.